Durante uma audiência pública realizada nessa segunda-feira (4), especialistas destacaram a necessidade de remunerar o conteúdo jornalístico veiculado nas redes sociais.
O debate ocorreu durante a reunião do CCS (Conselho de Comunicação Social) do Congresso, onde os participantes argumentaram que essa remuneração é importante para garantir a sustentabilidade do jornalismo de qualidade.
Marisa von Bülow, professora da Universidade de Brasília (UnB), afirmou que o debate é complexo e abrange questões inter-relacionadas sobre o modelo de remuneração. Como se define o jornalismo profissional, quais conteúdos devem ser remunerados e quem assume a responsabilidade pelo pagamento são exemplos de temas a serem abordados.
Segundo a professora, as experiências existentes globalmente atualmente não disponibilizam dados sobre os acordos e seus termos, o que dificulta uma análise abrangente do mercado. Ela também destaca a importância de ampliar a discussão para além das grandes empresas, como Google, Facebook, Instagram e WhatsApp.
A lei australiana, em vigor desde 2021, exige que as plataformas de mídia remunerem os veículos de notícias pelos conteúdos jornalísticos. Os veículos e as plataformas negociam diretamente os termos, mas o governo intervém por meio de arbitragem, caso não haja acordo. Essa foi a primeira lei no mundo a exigir pagamento das plataformas pela utilização do conteúdo jornalístico.
F5online com informações do R7