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Estudo aponta ligação entre consumo de carne vermelha e diabetes tipo 2
21/08/2024 / 18:31
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Preocupado com o risco de diabetes tipo 2? Talvez você deva prestar atenção ao tipo de carne que está consumindo, de acordo com um novo estudo.

Comer regularmente carnes vermelhas e processadas, em particular, está associado a um risco maior de diabetes tipo 2, segundo uma análise de dados de 31 grupos de estudo publicada na terça-feira (20) na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology.

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O estudo é o mais abrangente até o momento a mostrar a ligação entre carnes processadas e carnes vermelhas não processadas com o diabetes tipo 2, disse a autora sênior do estudo, Dra. Nita Forouhi, professora de saúde e nutrição populacional na Universidade de Cambridge, no Reino Unido, em um e-mail.

O diabetes tipo 2, uma condição crônica que ocorre quando o nível de açúcar no sangue é constantemente alto, é o tipo mais comum de diabetes, segundo o Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos EUA. Se não for gerenciado, o diabetes tipo 2 pode levar a problemas como doenças cardíacas, derrames e doenças renais.

Ainda há mais perguntas sobre carne que precisam ser feitas, como o risco associado ao consumo de aves e os possíveis efeitos de diferentes métodos de cozimento, disse a Dra. Hilda Mulrooney, especialista em nutrição e saúde na Universidade Metropolitana de Londres, em um comunicado à imprensa. Ela não participou do estudo.

Mas a nova pesquisa está alinhada com as diretrizes nutricionais atuais, que recomendam a redução do consumo de carne, acrescentou Mulrooney.

Mais plantas, menos carne

Mesmo com essas limitações, as evidências no novo estudo e as recomendações dietéticas atuais são um forte argumento para reduzir o consumo de carne, disse Mulrooney.

“O consumo de carne geralmente excede as orientações dietéticas”, afirmou. “As orientações dietéticas atuais também recomendam substituir carnes vermelhas e processadas por carnes como aves, além de reduzir o consumo geral de carne usando alternativas como ervilhas, feijões, lentilhas e tofu.”

Embora ainda não haja uma pesquisa clara sobre se o consumo de aves está relacionado ao risco de diabetes tipo 2, o estudo recente mostrou que substituir carnes vermelhas e processadas por aves resultou em um risco reduzido de desenvolver diabetes tipo 2, acrescentou Mulrooney.

“É bem conhecido que, em geral, as carnes processadas disponíveis, como presunto, salsichas, bacon, cachorro-quente, salame ou pepperoni, são altamente processadas, contendo aditivos químicos e sendo ricas em sal, o que as torna prejudiciais para uma ampla gama de condições de saúde”, disse Forouhi.

Existem muitas maneiras de reduzir o consumo, incluindo “comer essas carnes com menos frequência, consumir porções menores ou substituí-las por alimentos alternativos ricos em proteínas”, acrescentou.

E, além de buscar uma dieta rica em vegetais, frutas, nozes e feijões, pessoas preocupadas com o diabetes devem garantir a incorporação de exercícios físicos regulares, afirmou Mellor.

*Com informações da CNN