
O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso nesta sexta-feira (26/12) no Aeroporto Internacional de Assunção, no Paraguai, durante uma tentativa de fuga do país. A detenção ocorreu após ele romper a tornozeleira eletrônica que usava por determinação da Justiça brasileira.
Segundo informações da Polícia Federal, Silvinei tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, na América Central. No momento da abordagem, ele estava com um passaporte original cujos dados não correspondiam às suas informações pessoais, o que levantou suspeitas das autoridades paraguaias e resultou na prisão.
Antes de deixar o Brasil, Vasques teria violado o equipamento de monitoramento eletrônico, o que acionou um alerta imediato para as autoridades brasileiras. A partir disso, a Polícia Federal articulou a cooperação internacional que levou à sua localização e prisão no Paraguai.
Há cerca de dez dias, Silvinei Vasques foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e seis meses de prisão por participação na trama golpista que tentou manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022. De acordo com a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), ele integrava o chamado “núcleo dois” do plano, responsável por gerenciar ações estratégicas do grupo.
Essa não foi a primeira prisão do ex-diretor da PRF. Em agosto de 2023, ele foi detido durante uma operação que investigou a realização de blitzes da PRF no segundo turno das eleições de 2022, suspeitas de interferir no deslocamento de eleitores. Na ocasião, seu passaporte foi apreendido pela Polícia Federal.
Um ano depois, em agosto de 2024, Silvinei foi solto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.