O juiz titular do Juizado Federal de Eldorado, na Argentina, Miguel Ángel Guerrero autorizou a extradição de um ex-funcionário da empresa Braiscompany para o Brasil, investigado por envolvimento em esquema de pirâmide com criptoativos.
De acordo com as provas apresentadas no processo de extradição, o homem procurado teria atuado como operador financeiro, cometendo fraudes por meio de um esquema de pirâmide financeira – chamado “Esquema Ponzi” – com criptoativos.
Segundo as autoridades brasileiras, ele atuou como corretor da empresa, o que lhe permitiu capturar mais de R$ 4 milhões de reais e desviá-los. O suspeito interveio no marketing e em algumas operações comerciais da Braiscompany, para a qual publicou vídeos no canal YouTube – denominado “braisnews” – e que confirmaram a sua participação na divulgação da manobra.
Após o golpe, o investigado fugiu para a Argentina por via terrestre junto com outros dois suspeitos de envolvimento no caso. Em virtude disso, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região no Brasil determinou a captura internacional.
O homem, que não teve o nome divulgado pelo Ministério Público Fiscal (MPF) da Argentina, foi preso em 23 de junho em Puerto Iguazú, na região da fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná, sendo colocado à disposição da Justiça Federal e do Ministério Público Federal de Eldorado. O entendimento, segundo o MPF da Argentina, é de que os fatos que deram origem ao pedido de extradição constituem crimes – segundo a legislação de ambos os países – e que são puníveis com pena privativa de liberdade.
Os proprietários da Braiscompany, Antonio Inácio da Silva Neto e sua esposa, Fabrícia Farias Campos, seguem foragidos.