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Exonerado do TSE, servidor ligado a inserções eleitorais procura PF para dar versão; Tribunal emite nota
26/10/2022 / 12:12
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Exonerado do cargo de assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência, o servidor Alexandre Gomes Machado declarou em entrevista à CNN não ter feito nada de errado e que foi exonerado “sem saber o motivo e sem nenhum tipo de conversa”.

A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (26) e trazida inicialmente pelo site O Antagonista. Machado era coordenador do pool de emissoras, sendo o responsável pelo recebimento dos arquivos com as peças publicitárias e sua disponibilização no sistema eletrônico do TSE, para que sejam baixadas pelas emissoras de rádio e TV.

Sua exoneração acontece após a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) enviar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na noite desta segunda-feira (25), uma petição sobre a denúncia de que rádios, especialmente no Nordeste, deixaram de veicular inserções de propaganda eleitoral do presidente.

Na manhã de hoje, Alexandre procurou a Polícia Federal e disse em depoimento que foi exonerado após ter relatado a seus superiores no Tribunal a ocorrência de irregularidades na veiculação da propaganda de Bolsonaro por rádios.

Segundo ele, a demissão veio cerca de 30 minutos após ter enviado um e-mail à sua chefia, informando que tinha recebido o contato de uma rádio que não teria exibido inserções da campanha de Bolsonaro.

Sobre a exoneração, o Tribunal Superior Eleitoral disse que “em virtude do período eleitoral a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe”.

O Tribunal também divulgou uma nota, afirmando que não é sua função distribuir o material a ser veiculado no horário gratuito. “São as emissoras de rádio e de televisão que devem se planejar para ter acesso às mídias e divulgá-las seguindo as regras estabelecidas”.

“Para isso, os canais de rádio e TV de todo o país devem manter contato com o pool de emissoras, que se encarrega do recebimento das mídias encaminhadas pelos partidos, em formato digital, e da geração de sinal dos programas eleitorais”, acrescenta.