
As exportações brasileiras para os Estados Unidos totalizaram US$ 2,66 bilhões em novembro, uma queda de 28,1% em relação ao mesmo mês de 2024, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento (MDIC). Já as importações do Brasil provenientes dos EUA somaram US$ 3,83 bilhões, alta de 24,5%. Com isso, o saldo comercial ficou deficitário em US$ 1,17 bilhão para o Brasil.
O déficit significa que o país comprou mais produtos dos Estados Unidos do que vendeu, representando um cenário negativo para a economia brasileira no comércio bilateral.
Em novembro, os Estados Unidos retiraram parte da sobretaxa de 40% aplicada a produtos brasileiros como café, carnes e frutas, medida anunciada apenas no dia 20 do mês. Apesar disso, a queda nas exportações foi menor que a registrada em outubro, quando a retração chegou a 38% frente a outubro de 2024.
Desde dezembro do ano passado, o Brasil acumula déficits consecutivos com os Estados Unidos. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, o déficit atinge US$ 7,94 bilhões, crescimento superior a 950% em comparação ao mesmo período do ano passado (US$ 750 milhões). Em um panorama de longo prazo, o Brasil registra déficits comerciais seguidos com os EUA desde 2009, totalizando US$ 88,61 bilhões no período.
Apesar do déficit com os Estados Unidos, o Brasil aumentou exportações para outros parceiros importantes em novembro: China (+41%), Mercosul (+4,7%) e Japão (+10,1%). Considerando todas as relações comerciais, o saldo da balança comercial brasileira ficou positivo em US$ 5,84 bilhões, representando um aumento de 13,4% em relação a novembro de 2024.
Em novembro, o total de exportações brasileiras somou US$ 28,5 bilhões, alta de 2,4% na média diária, enquanto as importações atingiram US$ 22,7 bilhões, aumento de 7,4% na média por dia útil. No acumulado de janeiro a novembro, o saldo comercial brasileiro ficou positivo em US$ 57,84 bilhões, porém com queda de 16,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.