De acordo com o monitoramento do IBGE, o setor de vestuário fechou o primeiro semestre de 2021 crescendo 32,6 %, em comparação com o mesmo período do ano anterior. O número mostra um fôlego para a retomada da economia maior do que todos os outros segmentos do varejo. Contudo, os resultados de crescimento da fashion tech Almaria, apontam que um nicho específico da moda ganhou um impulso ainda maior, o mercado plus size. A plataforma de e-commerce especializada nos tamanhos grandes faturou pouco mais de R$ 2,2 milhões nos seis primeiros meses do ano, o que representa um crescimento de 120%.
Michel Chung, fundador e diretor da Almaria, destaca que o mercado para o setor plus size ganha rapidamente cada vez mais espaço, no entanto, não foi o único fator que colaborou para os bons resultados da empresa.
“Apesar das grandes redes varejistas estarem investindo nos tamanhos grandes, identificamos que esse público é fiel ao pequeno e médio produtor que consegue oferecer um produto mais personalizado a todos os tipos de corpos. Sendo assim, começamos a trazer essas marcas para dentro da plataforma, inclusive oferecendo um apoio à digitalização dessas empresas que ainda não estavam preparadas para vender na internet. Atualmente, contamos com 40 vendedores nesse perfil”.
E as projeções para o resto do ano são muito otimistas. Afinal, como o segundo semestre é um período mais aquecido para o setor, com períodos de vendas mais aquecidas, como a primavera-verão, Black Friday e Natal, o faturamento anual de 2021 da Almaria deve ultrapassar R$ 7 milhões.
Apoio ao pequeno e médio varejista
A empresa tem metas ambiciosas, além do crescimento agressivo de faturamento, pretende investir ainda mais nos pequenos e médios varejistas chegando a 100 players na plataforma até o final do ano. “Continuaremos investindo nesses empresários, oferecendo capacitação e todo o suporte necessário para a inclusão de seus negócios nos canais digitais”, conta Chung.
“Durante a pandemia, pudemos acompanhar uma corrida do varejo para o meio digital, um movimento que deixou os menores em desvantagem. Afinal, começar a vendar online exige uma série de investimentos como ensaios fotográficos, direito de uso de imagem de modelos, anúncios patrocinados, gestão de estoque e logística que acabam por desanimar o empresário já acostumado ao offline ou que, investindo de forma errada, tem prejuízo e, consequentemente, frustração”, lembra o empresário.
Chung ainda conta planos de ampliar atuação da Almaria para outros perfis de público e de marcas. “Essa dificuldade não é uma exclusividade do segmento plus size, todo o meio do vestuário encontra as mesmas dificuldades, principalmente por ter uma maior concorrência. Por isso, até o fim de 2021, daremos início à expansão de nossa plataforma, oferecendo o mesmo apoio ao pequeno varejista, de todos os nichos do vestuário. Criaremos novas oportunidades de crescimento e nos tornando uma empresa em scale up”.