O deputado estadual Felipe Leitão (Republicanos) colocou em dúvida o cumprimento do “Acordo da Granja”, realizado entre a cúpula governista que contempla o Republicanos para a eleição dos dois biênios da Mesa Diretora da Assembleia. “Quem quiser que pague para ver”, disse o atual vice-presidente da Casa, em entrevista na noite dessa segunda-feira (22) ao Programa Hora H, da TV Norte Paraíba, horas depois de anunciar adesão à candidatura do prefeito Cícero Lucena (MDB) ao governo.
 
“Eu fui testemunha ocular de uma reunião de 8h30 até às 13h e lá foi firmado compromisso que os dois biênios ficariam com o Republicanos. E todos que estavam lá não podem dizer o contrário. Ficou cristalino esse compromisso que Lucas, caso eleito, cumpriria esses espaços do Republicanos no governo e na Assembleia”, historiou Felipe.
 
Para logo em seguida levantar suspeitas do cumprimento do acordo que, inclusive, contemplaria o próprio Leitão na eleição de um dos biênios: “Só que logo após as declarações (de alguns agentes políticos) que foram dadas titubearam no meio do caminho. Isso me colocou um pé atrás. Já o prefeito Cícero Lucena é um cidadão de compromisso. Eu sei que Cícero honra compromisso e palavra empenhada”.

Conversa marcada com Hugo Motta antes de decisão final

Ao Programa Hora H, Felipe Leitão revelou que, antes de decidir seu futuro partidário, ainda tem uma conversa marcada com presidente estadual do Republicanos, Hugo Motta. Esse foi um pedido do presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), relatou Leitão.
 
Felipe externou gratidão ao Republicanos pela forma como foi acolhido no partido e adiantou disposição de deixar a legenda para evitar “constrangimentos”.

Voto indefinido para o Senado

O deputado estadual Felipe Leitão ressaltou que não assumiu compromisso com Cícero Lucena para se filiar ao MDB, partido do prefeito e pré-candidato ao governo, e manteve sob suspense o apoio para as duas vagas de senador da República.

Apesar de ter rompido com o bloco governista, ele não descartou voto no governador João Azevêdo (PSB) e no prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), ambos postulantes ao Senado.

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