A Justiça paraibana acatou, nesta quarta-feira (12.04), um pedido do Ministério Público do estado (MPPB) para bloquear R$ 399.084.017,41 de bens da empresa Fiji Solutions, que atua com criptomoedas e é investigada por calotes contra investidores.
Em decisão, a 2ª Vara Cível de Campina Grande também acatou o pedido de recolhimento de carteira nacional habilitação (CNH) e outros documentos de proprietários e sócios da empresa.
A medida atinge os sócios Bueno Aires, Breno Vasconcelos, Emilene Nascimeno, Bruna Soares e Kleyton Martins. Foi negado, no entanto, o pedido de bloqueio dos cartões de crédito dos envolvidos.
Além do bloqueio de bens, o MPPB pediu que haja a suspensão de todas as transações com as empresas de criptomoedas ligadas a Fiji, bem como que um dos donos da empresa, Bueno Aires, seja obrigado a liberar o código fonte da tecnologia para que haja o pagamento de direito aos clientes.
O MP também pediu que a empresa apresente a relação dos consumidores e suas respectivas transações, consignando as datas, valores aportados e pagamentos realizados, e que o proprietário Bueno Aires seja intimado a apresentar o código-fonte de sua tecnologia, para a realização de perícia técnica.
As investigações apontam ainda que bens da Fiji Solutions foram encontrados em nome de duas pessoas diretamente ligadas a Bueno Aires: a sua irmã Bruna e o primo, Kleyton. A intenção seria desviar a atenção da Justiça. Acontece que os bens detectados são incompatíveis com a renda de Bruna e Kleyton.
Os suspeitos podem incorrer nos crimes de formação de quadrilha, organização criminosa, crime contra o sistema financeiro, obstrução de justiça e fraude processual. Um pedido de prisão contra Bueno Aires e outros sócios pode ser decretado a qualquer momento.