O Conselho de Educação da Flórida, nos Estados Unidos, aprovou na quarta-feira (19) novas diretrizes para estudos de história nas escolas do estado, e um dos pontos afirma que os professores devem dizer aos alunos que em alguns casos, escravos desenvolviam habilidades que os favoreciam.
O documento lista que o ensino de história deve “examinar as várias tarefas e negócios executados por escravos (exemplos: trabalho em agricultura, pintura, marcenaria, serviço doméstico, ferraria, transporte)”. Há, então, o seguinte detalhamento: “Clarificação: essa instrução devem incluir como os escravos desenvolveram habilidades que, em alguns casos, poderiam ser aplicadas ao benefício pessoal deles”.
A frase foi criticada pela associação de educadores do estado e também pela vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que viajou para a Flórida para reclamar da diretriz.
Dois membros do grupo de trabalho que redigiu as diretrizes do estudo de história afro-americana defenderam as normas. Eles afirmaram à NBC que tinham como objetivo mostrar “que alguns escravos desenvolveram ofícios altamente especializados dos quais se beneficiaram”.
Além dessa diretriz, há uma outra que tem sido criticada nos EUA, que pede para que os professores digam que em episódios em que houve ataques a afro-americanos a violência foi cometida “contra e pelos afro-americanos”. São citados eventos nas cidades de Atlanta, em 1906, e Tulsa, em 1921.
Há também uma instrução que inclui dizer que a escravidão era empregada nas culturas da Ásia, Europa e África.
F5 com informações do G1