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Fortuna de multimilionários mais do que duplicou em dez anos
06/12/2024 / 18:07
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O CEO da Tesla e proprietário do X, Elon Musk, comparece a um comício de Trump em Butler, Pensilvânia, EUA, 5 de outubro de 2024 – Imagem: Brian Snyder/REUTERS

A fortuna dos multimilionários no mundo mais do que duplicou em dez anos, crescendo mais do que os mercados de ações, segundo um estudo do banco suíço UBS, que aponta que o enriquecimento beneficiou sobretudo o setor tecnológico.

Entre 2015 e 2024, o patrimônio acumulado dos super-ricos cresceu 121%, passando de US$ 6,3 trilhões para US$ 14 trilhões (R$ 37,92 trilhões e 84,26 trilhões) entre 2015 e 2024, indicou a instituição suíça nesta quinta-feira (5).

A soma aumentou mais do que o índice MSCI AC World, que é utilizado para medir a evolução dos mercados de ações a nível mundial. Nesse mesmo período, esse índice teve um crescimento de 73%.

Neste período, o número de multimilionários passou de 1.757 para 2.682 em todo o mundo. O máximo foi alcançado em 2021, com 2.686 magnatas e “desde então, [o número] permaneceu estável”, afirmou o banco, que dedica grande parte de sua atividade à gestão patrimonial.

Segundo o estudo do UBS, a riqueza dos multimilionários chineses atingiu US$ 2,1 trilhões (R$ 12,64 trilhões) em 2020 (mais do que o dobro de 2015), mas depois diminuiu para US$ 1,8 trilhão (R$ 10,83 trilhões).

Nos Estados Unidos, em contrapartida, a riqueza dos multimilionários aumentou durante toda a década, com uma subida de pouco mais da metade entre 2015 e 2020 e de 58,5% entre 2020 e 2024, até os US$ 6,1 trilhões (R$ 36,71 trilhões).

Por sua vez, na Europa Ocidental, sua fortuna passou de US$ 1,5 trilhão para US$ 2,1 trilhões entre 2015 e 2020, mas o ritmo de crescimento desacelerou a partir de então. Em 2024, a riqueza acumulada dos multimilionários dessa região ascendia a US$ 2,7 trilhões (R$ 16,25 trilhões).

Apesar das diferenças regionais, o enriquecimento dos multimilionários se explica em grande parte pelo “rápido crescimento” das fortunas acumuladas no setor tecnológico.

O patrimônio dos multimilionários desse setor triplicou durante a década analisada, atingindo US$ 2,4 trilhões em 2024.

Seguem-se as fortunas relacionadas com a indústria, que passaram de US$ 480,4 bilhões para US$ 1,3 trilhão (de R$ 2,89 trilhões para R$ 7,82 trilhões) em dez anos.

Segundo os autores do estudo, “o setor que mais retrocedeu é o imobiliário”. Desde 2017, o rendimento do patrimônio desse setor foi menor, “talvez devido à correção do mercado imobiliário na China, aos transtornos em algumas partes do setor imobiliário comercial devido à pandemia de Covid-19 e às taxas de juros mais altas nos Estados Unidos e na Europa”, apontaram.

Com informações de AFP via Folha