Durante interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (24), o general da reserva Mário Fernandes admitiu ser o autor do documento intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que mencionava o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes, antes da posse presidencial.
Fernandes é um dos seis réus do segundo núcleo do processo que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Questionado sobre o conteúdo do documento, o general afirmou que se tratava de um “pensamento pessoal” digitalizado.
“Um compilar de dados, um estudo de situação, meu pensamento, uma análise de riscos que eu fiz e, por um costume próprio, resolvi, inadvertidamente, digitalizar”, disse.
O militar alegou ainda que o material é “absolutamente descontextualizado” e que nunca compartilhou o conteúdo com ninguém. Ele também afirmou que se o seu HD fosse periciado, “em nada acrescentaria ao processo”.
Preso desde novembro de 2023, Mário Fernandes ocupou o cargo de secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Jair Bolsonaro. Segundo a Polícia Federal, ele foi o responsável por elaborar o arquivo encontrado em formato Word.
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*com informações do Zero Hora