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Gleisi defende Lula após comentário machista: “presidente que mais empoderou mulheres”
13/03/2025 / 21:33
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Presidente Lula fez comentário machista ao acenar para presidentes da Câmara e do Senado – Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o petista ter feito um comentário machista durante evento no Palácio do Planalto. “Gestos são mais importantes que palavras”, disse em publicação nas redes sociais. Ela também repudiou “os ataques canalhas de bolsonaristas, misóginos e machistas”.

Lula fez o comentário ao acenar aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Em um evento nessa quarta-feira (12), ao lado de Gleisi, o petista disse que seu governo quer estabelecer uma nova relação com o Congresso e, por isso, escolheu “uma mulher bonita” para a Secretaria de Relações Institucionais.

“Acho muito importante trazer aqui o presidente da Câmara e do Senado, porque uma coisa que eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês, por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra das Relações Institucionais. É que eu não quero mais ter distância de vocês.”

A fala serviu de munição para bolsonaristas nas redes sociais. “É impressão minha ou Lula ofereceu a Gleisi Hoffmann como cafetão oferece sua funcionária em uma negociação entre gangues”, escreveu o deputado Gustavo Gayer (PL-GO).

E em um outro post, disse: “E aí @lindberghfarias, vai mesmo aceitar o seu chefe oferecer sua esposa para Hugo Motta e Alcolumbre como cafetão oferece uma GP? ? Sua esposa sendo humilhada pelo seu chefe e você vai ficar calado??”

‘Ataques canalhas’

Em publicação na manhã desta quinta-feira (13), Gleisi repudiou os “ataques canalhas de bolsonaristas misóginos, machistas e de violência política”. “Desprezam as mulheres. Não me intimidam nem me acuam”, escreveu.

“Oportunistas tentando desmerecer o presidente que mais empoderou mulheres. Não é qualquer líder que ousa lançar a primeira mulher presidenta do país, a primeira presidenta do PT, o que mais nomeou mulheres ministras, nas estatais, no BB, na CEF, no STM e outros tantos lugares”, afirmou em defesa do presidente Lula.

Gleisi também questionou se seus opositores haviam se esquecido “dos vídeos em que Bolsonaro agrediu as mulheres, estimulando violência política e física, preconceito e machismo”. “Canalhas, respeitem a inteligência do povo brasileiro!”, concluiu.

Reunião com Haddad

A ministra também falou sobre o caso a jornalistas, no fim da manhã, depois de uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Gleisi repetiu que Lula tem um histórico que o credencia junto à luta das mulheres por espaços de comando e poder e citou novamente as nomeações que foram feitas pelo presidente. “Esse histórico diz tudo”, ela disse.

Gleisi também voltou a afirmar que está indignada com a extrema direita e com bolsonaristas que utilizaram do comentário do presidente Lula para fazer o que ela chama de “um jogo baixo, sujo e sórdido”.

“Quando na realidade, eles sim, ele Bolsonaro, sempre foram contra as mulheres, sempre foram discriminatórios, sempre foram misóginos e machistas. Isso a gente não pode aceitar, isso vai ter resposta a altura”, disse Gleisi.

Gleisi fez, nesta manhã, a primeira reunião com Haddad como ministra da Secretaria de Relações Institucionais. A jornalistas, após o encontro, ela descartou novas medidas de corte de gastos e disse que o projeto de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês será apresentado na semana que vem.

Com Valor Econômico