SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Globo anunciou nesta quarta-feira (30) a data de estreia de “Nos Tempos do Imperador”. A trama escrita por Alessandro Marson e Thereza Falcão vai ocupar a faixa das 18h a partir do dia 9 de agosto.
Trata-se da primeira novela totalmente inédita que a emissora estreia desde o começo da pandemia de Covid-19, em 2020. A novela já havia começado a ser gravada na época, mas a produção teve que ser interrompida por causa das medidas de restrição.
Originalmente, a novela estrearia em março do ano passado. Porém, desde que voltou a produzir, a Globo deu preferência a concluir as tramas que já haviam estreado, como “Amor de Mãe” e “Salve-se Quem Puder”.
No material de divulgação, a Globo afirma que os autores ficaram emocionados em saber que a novela finalmente ganhou uma data de estreia. “Foi a mesma sensação de ter uma sinopse aprovada, o melhor sentimento possível”, contou Alessandro.
“Estamos escrevendo ‘Nos Tempos do Imperador’ desde março de 2018 e foi um choque gigante ficar sem saber, pelas circunstâncias mundiais da pandemia, quando iríamos lançar”, completa Thereza. “Mas não paramos em nenhum momento.”
“Nos Tempos do Imperador” acompanha a vida do imperador Dom Pedro 2º (Selton Melo). Também são personagens importantes na trama a imperatriz Teresa Cristina (Leticia Sabatella), a condessa de Barral (Mariana Ximenes) e os jovens Pilar (Gabriela Medvedovski) e Jorge/Samuel (Michel Gomes).
“Vejo as pessoas ansiosas pela novela”, comemora a autora. “Acho que já existia uma curiosidade natural, porque Pedro 2º é um personagem extremamente popular no Brasil, mas agora a gente agregou esse fato de sermos a primeira novela totalmente inédita depois de tanto tempo. Por termos começado antes do início da pandemia, temos muitas externas, muitos acontecimentos importantes logo no início da obra.”
O diretor artístico Vinícius Coimbra concorda. “O resgate do contexto histórico somado às histórias envolventes e inspiradoras dos protagonistas constroem uma novela com muita brasilidade, que promete gerar identificação com o público e abrir debates para temas contemporâneos”, afirma.
A Globo também tem preferido estrear tramas com mais frente de capítulos já gravados. Isso dá uma margem de segurança maior para o caso de que os estúdios precisem ser fechados novamente por causa de um novo pico da pandemia.
Coimbra explica que o processo de gravação foi completamente diferente do que a emissora está acostumada. “Normalmente, na estreia, temos 18 capítulos gravados e ficamos trabalhando com uma frente de 10, 12 capítulos em uma semana de gravação”, conta.
“Nessa novela, fomos montando o roteiro otimizando as gravações com elenco, estúdio e equipes”, disse. “Às vezes, gravamos em um mesmo dia os capítulos 28 e o 80, por exemplo. Gravar com todo esse espaço em um único dia, encontrar a emoção desses personagens levando em conta esse intervalo é mais um desafio para os atores, direção e continuidade.”
“Estamos aprendendo a fazer novela dessa forma”, avalia. “O protocolo nos provoca a fazer algumas coisas diferentes do que estávamos acostumados. Contamos a nossa história seguindo todas as normas e com todos muito empenhados para fazer o melhor possível.”
TRAMA
Na trama, Pilar tem o sonho de ser médica e tenta convencer o pai, Eudoro (José Dumont), a deixá-la estudar. O fazendeiro, no entanto, a promete em casamento ao vilão Tonico (Alexandre Nero), o que faz com que ela fuja. O destino vai uni-la a Jorge/Samuel (Michel Gomes), que foi escravizado e também está em fuga.
Enquanto isso, Dom Pedro 2º sente o país ameaçado após um encontro com o general Solano Lopez (Roberto Birindelli), comandante das tropas do Paraguai. Ele convida Luísa (Mariana Ximenes), a Condessa de Barral, para preparar as filhas dele para assumirem suas responsabilidades como membros da família real, mas acaba se encantando por ela.
A personagem também vai apresentar o casal Pilar e Jorge/Samuel ao imperador, fazendo com que ele lute para ajudá-los. Em paralelo, ele vai tentar equilibrar os anseios da população e o bom relacionamento com as províncias.
“Vamos falar sobre a importância de pensar no coletivo e não no desejo individual. É tão rico isso! Você estar em um lugar de poder e conseguir usar isso para o bem”, adianta Alessandro. “Somos donos da nossa história. Vamos mostrar o quanto a luta pessoal de cada um atinge a todos que estão à sua volta e gera transformações”, complementa Thereza.