O secretário de Estado da Administração Penitenciária da Paraíba, João Alves de Albuquerque confirmou na tarde desta quinta-feira (25/4) que o diretor do Presídio de Cajazeiras, Tales Alves de Almeida, será exonerado do cargo pelo governo do estado.
Tales está foragido e um advogado identificado como Ennio Alves foi preso.
Eles são alvos da “Operação Ergástulo”, deflagrada hoje pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB), as polícias Civil do Estado (PC/PB) e Militar da Paraíba (PM/PB) e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap/PB).
A força-tarefa, segundo o Ministério Público, mira corrupção no sistema prisional, com a execução de mandados de busca e apreensão, de prisão preventiva, e o cumprimento de medidas cautelares emitidas pelo Poder Judiciário da Paraíba.
As investigações, afirma o MP, apontam para um suposto esquema de corrupção e favorecimento ilícito que afeta o sistema prisional e judiciário na região de Cajazeiras, Sertão da Paraíba.
Apurações preliminares revelaram indícios de uma organização criminosa que utilizaria diversas artimanhas para liberar detentos, especialmente membros de facções criminosas, com a manipulação de procedimentos legais e administrativos.
Ainda de acordo com as investigações, entre as práticas identificadas, estão as alegações de enfermidades sem embasamento ou com documentação falsa, visando a liberação temporária ou definitiva de presos, além de remições fraudulentas de penas baseadas em atividades educacionais e laborais supostamente realizadas por apenados.
Suspeita-se que tais atividades não tenham ocorrido ou tenham sido infladas em registros prisionais, acelerando indevidamente processos de progressão de regime, obtenção de liberdade e outros benefícios atinentes à execução penal.
Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Cajazeiras, dois em São José de Piranhas e dois em Marizópolis.