Em reunião realizada na tarde desta quinta-feira, de maneira remota, o Governo do Estado liberou a presença de mil convidados para o jogo deste sábado do Campinense contra o Guarany de Sobral pela partida de ida das oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro. O encontro contou com representantes de órgãos de segurança, a presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Michelle Ramalho, e foi comandada pelo procurador de Justiça do Ministério Público, Valberto Lira.
Apesar da liberação ter sido para convidados, a exemplo do que aconteceu nos jogos da Seleção Brasileira Feminina de Futebol contra a Argentina na Paraíba, a Federação Paraibana de Futebol (FPF) e o Campinense querem comercializar parte desses convites, o que não ocorreu nos amistosos do Brasil. Em muitos momentos da reunião, os convites foram chamados de ingressos.
Ficou marcada para a manhã desta sexta-feira uma visita técnica com comandantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar no Estádio Amigão, que vai ser palco da partida entre Campinense e Guarany de Sobral. A ideia é que os torcedores fiquem no setor Cadeiras e Arquibancada Sombra.
O presidente do Botafogo-PB, Alexandre Cavalcanti, também esteve na reunião, que contou ainda com representantes de órgãos sanitários. O Belo só deve voltar a jogar no Almeidão daqui a 15 dias, de modo que o dirigente ainda não revelou se pretende vender os convites.
Segundo Valberto Lira, se após a visita técnica, os representantes dos órgãos de segurança liberarem a presença dos mil convidados para sábado, ele avaliza.
– Ficou combinado que clube vai enviar os protocolos até amanhã ao meio dia para os órgãos de segurança. Só vamos homologar nos moldes que os comandantes liberarem. Só vai vender ingressos se a CBF liberar público – comentou.
A tendência é que apenas torcedores com a segunda dose tomada ou em posse de um exame RT-PCR atual possam estar aptos para assistir ao jogo do Campinense.
Início da reunião
No começo do encontro, que foi conduzido por Valberto Lira, o secretário de Saúde do Governo da Paraíba, Geraldo Medeiros, deu anuência para que o jogo do Campinense tenha mil convidados. Até o momento, nenhum decreto do Estado liberou a presença de público em praças esportivas administradas pelo governo estadual, caso do Amigão.
Geraldo teve que sair cedo, e aí a conversa ficou mais focada na questão dos protocolos de segurança e da venda de ingressos.
Presidentes de Campinense e FPF propõem venda de ingressos
Em algumas intervenções, Michelle Ramalho sugeriu que os convites sejam vendidos, que é objetivo também do Campinense para este sábado.
– Como vai ser essa venda de ingressos? Tem que orientar os torcedores, que só entra com cartão de vacina ou exame PCR. E aí faz a venda dos convites – disse a presidente.
Com dificuldades financeiras por conta da ausência de público nos estádios, o presidente da Raposa, Phelipe Cordeiro, vê neste jogo uma boa possibilidade de fazer receita.
O dirigente, inclusive, pediu que a visita técnica dos comandantes de órgãos de segurança, que inicialmente seria de tarde, fosse realizada de manhã, para que, caso seja liberada a venda dos convites, o clube possa ter mais tempo para comercializar os ingressos.
– A gente já está se organizando para confeccionar os ingressos. Vamos fazer campanha para distanciamento. A venda seria online para que o torcedor enfrente a bilheteria no estádio. Compra, e lá pega uma pulseira e entra no estádio – disse Cordeiro.
Campinense preocupado com manobra do Guarany de Sobral
Em um momento do encontro, Valberto Lira disse que havia recebido um ofício do Guarany de Sobral, endereçado à CBF, falando que em Sobral não estava liberado público. Representantes do Campinense demonstraram preocupação à presidente Michelle Ramalho, visto que Sobral libera sim 10% de publico em jogos na cidade, a exemplo do Governo do Ceará.
A CBF determinou que jogos de mata-mata na Série D só terá público caso haja torcedores nos dois jogos do confronto. A Raposa teme que o time cearense, após um eventual jogo sem torcida em Campina Grande, entre com uma ação para assegurar torcida no jogo de volta, ferindo a isonomia proposta pela CBF.
GE PB