
O governador João Azevêdo (PSB) participou, na manhã desta quinta-feira (27/11), da solenidade de boas-vindas aos novos beneficiários do Programa Casa do Estudante – Bolsa Permanência e lançou oficialmente o Programa de Ações Afirmativas, iniciativas voltadas ao fortalecimento da permanência estudantil e à promoção da diversidade no ensino superior paraibano. O evento ocorreu no Centro de Formação de Professores, em Mangabeira, João Pessoa.
Ao todo, 420 estudantes de baixa renda foram selecionados para a Bolsa Permanência. Destes, 210 são alunos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e 210 pertencem a outras instituições públicas de ensino superior do Estado, além de bolsistas integrais do Prouni e do Fies. Cada estudante receberá mensalmente R$ 1.500 para ajudar em despesas como moradia, alimentação e transporte.
Em entrevista, João Azevêdo destacou a importância histórica da Casa do Estudante e o papel transformador do programa.
“A Casa do Estudante tem uma história na Paraíba. Passaram por ela governadores do Estado. A forma de viabilizar esse suporte foi através dessas bolsas que resolvem definitivamente, porque é um recurso que ajuda o estudante a se manter. O que a gente quer é que ele conclua o curso e participe do processo econômico da sociedade”, afirmou.
Além da Bolsa Permanência, o governador lançou o Programa de Ações Afirmativas, que vai destinar 300 bolsas de R$ 700 mensais a estudantes negros, indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência e pessoas trans matriculados na UEPB. A iniciativa apoia o desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão, buscando estimular o engajamento acadêmico.
O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Cláudio Furtado, ressaltou que as medidas dialogam diretamente com o combate à evasão universitária.
“Hoje, temos nas instituições públicas do Brasil uma evasão em torno de 44%. A Bolsa Permanência, que é a maior do país, permite ao estudante manter suas necessidades básicas. E o programa de ações afirmativas garante engajamento acadêmico, o que reduz a evasão. Quando ele tem uma bolsa de extensão, permanece nas atividades”, explicou.
A estudante Maria Eduarda de Andrade, que cursa Licenciatura em Biologia na UEPB e é moradora de Riacho dos Cavalos, relatou as dificuldades enfrentadas por quem vive longe dos centros universitários.
“Minha cidade é a oito horas daqui, não tem como ir e voltar todos os dias. Tenho que pagar aluguel, alimentação, e meu curso é integral. Para nós, estudantes de baixa renda, é muito difícil. Essa bolsa vai ser muito importante”, disse.
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