Na última terça-feira (23), pelo menos sete aves silvestres foram encontradas mortas no litoral paraibano, sendo quatro delas em praias de Cabedelo e três em Conde. Uma oitava ave, porém, foi encontrada com vida em Cabedelo. As autoridades veterinárias estão agora investigando se o caso está relacionado a aves contaminadas com gripe aviária, encontradas nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O Governo do Estado da Paraíba, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), está tomando medidas preventivas em resposta à declaração de emergência zoossanitária feita pelo Ministério da Agricultura e Pecuária em todo o país, devido à detecção do vírus da influenza aviária H5N1, conhecida como gripe aviária.

A declaração de emergência zoossanitária ocorre quando há o risco de disseminação rápida de uma doença. Em consequência disso, estão proibidos o trânsito de aves em aglomerações e feiras, sendo permitido apenas o transporte de aves destinadas ao abate, acompanhadas da Guia de Trânsito Animal (GTA).

Girlene Alencar, gerente executiva da Defesa Agropecuária, afirmou que os casos relatados no país envolvem aves silvestres, o que representa um risco menor em comparação com aves de criação comercial. Ela garantiu que a Paraíba está atenta à situação e adotando as devidas precauções. Alencar relatou que aves foram encontradas mortas no estado na última terça-feira (23), e a Defesa Agropecuária foi acionada para investigação. “Fizemos coletas de sangue e enviamos para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, a fim de determinar se as aves morreram de influenza aviária ou de outra doença. Aguardamos agora os resultados”, informou.

Desde o ano passado, a Sedap vem mantendo reuniões frequentes com o Ministério da Agricultura e Pecuária, após a detecção de influenza aviária em aves migratórias na Colômbia e no Chile, com o objetivo de traçar medidas para lidar com a doença. “Em abril deste ano, realizamos um encontro com produtores de aves em Campina Grande, onde fornecemos orientações sobre as medidas necessárias para controlar o risco de influenza aviária”, acrescentou Alencar, destacando o compromisso contínuo do estado em manter-se informado e adotar medidas preventivas.

Na próxima semana, a Sedap, por meio da Defesa Agropecuária, irá realizar uma reunião com órgãos ambientais, a Secretaria de Estado da Saúde e outras entidades ligadas à questão de zoonoses, a fim de definir estratégias de ação durante esse período de ameaça de influenza aviária no país.

É importante ressaltar que, caso a população encontre aves mortas, é necessário entrar em contato imediatamente com a Sudema, a Polícia Ambiental ou o Ibama, para que a Defesa Agropecuária seja acionada e possa tomar as medidas necessárias.