Uma operação da Polícia Federal revelou um esquema de fraudes em concursos públicos, que operava de forma organizada e familiar, cobrando até R$ 500 mil por vaga.

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que desvendou um sofisticado esquema de fraudes em concursos públicos, conhecido como ‘máfia dos concursos’. O grupo, baseado no sertão paraibano, utilizava tecnologia avançada e métodos de corrupção para garantir aprovações fraudulentas, colocando em risco a integridade dos processos seletivos no Brasil.

Os valores cobrados pelos serviços de aprovação chegavam a R$ 500 mil por vaga. A quadrilha, liderada por Wanderlan Limeira de Sousa, ex-policial militar, contava com a participação de familiares e outros indivíduos, que desempenhavam papéis específicos dentro da organização. Entre os métodos utilizados, destacam-se o uso de pontos eletrônicos implantados cirurgicamente e acesso antecipado aos gabaritos das provas. A investigação revelou que os membros da quadrilha se inscreviam e eram aprovados nos certames como forma de validar a eficácia do esquema. Além de Wanderlan, seus irmãos e outros familiares estavam envolvidos, reforçando o caráter familiar da operação. A PF também identificou conexões com servidores públicos e profissionais da saúde, que ajudavam na implementação das fraudes.

A operação, chamada de Última Fase, resultou na prisão de três pessoas e na apreensão de materiais que comprovam a atuação do grupo. As defesas dos investigados negam as acusações e afirmam que estão colaborando com as investigações. A situação expõe a fragilidade dos sistemas de segurança em concursos públicos e a necessidade de medidas mais rigorosas para proteger a integridade dos processos seletivos.