O líder do Hamas, Khalil Al-Hayya, anunciou nesta quinta-feira (9) o fim da guerra com Israel, após o grupo terrorista aceitar um acordo de paz mediado pelos Estados Unidos, com apoio de Egito, Catar e Turquia. Segundo ele, o pacto inclui garantias de um cessar-fogo permanente.
O presidente americano Donald Trump confirmou que Israel e o Hamas concordaram com a implementação da primeira fase do plano de paz, apresentado pela Casa Branca no fim de setembro. O tratado ainda precisa ser ratificado pelo governo israelense, o que deve ocorrer nas próximas horas. Após a aprovação, o cessar-fogo deve começar em até 24 horas.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque contra Israel que deixou mais de 1.200 mortos e 251 pessoas sequestradas. Desde então, mais de 60 mil palestinos morreram em Gaza, segundo autoridades ligadas ao grupo.
Na primeira etapa, o Hamas deve libertar todos os reféns mantidos desde 2023 — vivos ou mortos — em até 72 horas. Em troca, Israel libertará cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo condenados à prisão perpétua.
O acordo também prevê o recuo das tropas israelenses dentro da Faixa de Gaza e o envio de ajuda humanitária, com alimentos, água e medicamentos. Segundo fontes israelenses, a área de ocupação será reduzida de 75% para 57% num primeiro momento.
Um dos principais entraves é a devolução dos corpos de reféns mortos. O Hamas afirma não saber a localização de todos eles e pediu mais tempo para encontrá-los. A Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa internacional para ajudar nas buscas, com participação de Estados Unidos, Egito, Catar e Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o acordo será analisado pelo governo israelense nesta quinta. Já Itamar Ben-Gvir, ministro da extrema direita, ameaçou romper com a coalizão caso Netanyahu não consiga desmantelar o Hamas como parte do processo.
Trump classificou o pacto como “os primeiros passos para a paz” e disse que pretende visitar Israel e a Faixa de Gaza nos próximos dias. A transição de governo em Gaza e o desarmamento do Hamas, no entanto, ainda não foram detalhados.
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*com informações do g1