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Herpes-zóster atinge três milhões de brasileiros por ano; especialista explica como identificar os sintomas e evitar transmissão
08/07/2025 / 21:44
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Conhecido popularmente como cobreiro, o herpes-zóster é uma infecção viral causada pelo reativamento do vírus varicela-zóster (VVZ), o mesmo que causa a catapora (varicela). De acordo com dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), do Ministério da Saúde, somente em 2024 foram registrados 4.598 casos de internações por varicela no Brasil. Atualmente, não existem dados consistentes sobre a incidência total da doença no país, pois apenas os casos mais graves — que resultam em internação ou óbito — são de notificação obrigatória. Ainda assim, o Ministério da Saúde estima que ocorram aproximadamente três milhões de casos de varicela por ano em território nacional.

O clínico-geral da Hapvida, Bruno Gaudêncio, explica que o herpes-zóster é uma infecção viral provocada pelo reativamento do vírus varicela-zóster (VVZ). Este vírus é responsável pela varicela, uma infecção inicial que, após a recuperação, pode permanecer latente nos gânglios nervosos. Ele ainda pontua que esse reativamento pode ocorrer em qualquer fase da vida, mas é mais comum em adultos mais velhos ou em pessoas com o sistema imunológico comprometido.

Sintomas

O médico menciona que os primeiros sintomas do herpes-zóster costumam ser dor ou formigamento na pele, geralmente descritos como queimação, formigamento ou dor aguda no local onde a erupção cutânea irá se manifestar. Além disso, algumas pessoas podem experimentar sintomas como febre, fadiga e mal-estar.

“Na sequência, aparecem manchas vermelhas e bolhas cheias de líquido, geralmente restritas a um dos lados do corpo. Essas bolhas se rompem, formam crostas e cicatrizam em um período que varia de duas a quatro semanas. Mesmo após a cicatrização, algumas pessoas podem desenvolver neuralgia pós-herpética, complicação caracterizada por dor persistente, que pode durar meses ou até anos”, aponta Bruno.

Cuidados e prevenção

Para evitar a transmissão do vírus varicela-zóster, o médico recomenda manter as lesões cobertas; lavar as mãos frequentemente e evitar tocar nas bolhas; e limpar regularmente superfícies contaminadas. Além disso, é importante manter distância de indivíduos vulneráveis, como grávidas e imunossuprimidos.

Quem apresentar alguns destes sintomas deve procurar orientação médica para iniciar o tratamento o quanto antes, reduzindo o risco de complicações. “Embora a maioria das pessoas se recupere sem maiores complicações, casos mais graves podem levar a infecções secundárias, problemas oculares graves e, em situações mais raras, inflamações neurológicas como encefalite e meningite”, ressalta Bruno.

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