Um homem italiano de 36 anos, é a primeira pessoa no mundo a testar positivo para uma infecção tripla, primeiramente deu positivo no teste de varíola dos macacos, mas seu caso foi uma surpresa para as autoridades sanitárias, pois o paciente sofre de uma tripla infecção que também combina HIV e Covid-19.

Seu caso foi estudado pela comunidade científica italiana e os resultados foram publicados no Journal of Infection em 19 de agosto.

Ao investigar este caso, os cientistas adquiriram alguma percepção das mudanças físicas que ocorrem com cada uma das infecções, suas diferenças e semelhanças. A investigação começou quando o homem decidiu ir para o hospital.

O paciente compareceu porque sofria de sintomas associados a Covid-19, como tosse, febre, mal-estar, dor abdominal, dor de cabeça, dor de garganta e fadiga. O italiano relatou às autoridades que havia retornado de uma viagem na Espanha entre os dias 16 e 20 de junho.

Depois disso, ele testou positivo para covid-19 em 2 de julho e, horas depois, descobriu que ele também transportava varíola e HIV. Entretanto, algumas horas depois, ele relatou o aparecimento de erupções na pele do rosto e outras partes de seu corpo.

Com os exantemas vieram as pústulas e o desconforto. Nessas condições, o homem foi admitido no centro de saúde. Mais tarde, no mesmo local, foi confirmado que se tratava de uma infecção por varíola dos macacos.

No hospital, ele se submeteu a todos os tipos de testes e, para sua surpresa, o homem italiano descobriu que também tinha HIV.

Ele mencionou que não sabia que era portador do vírus, mas em 2019 ele lutou contra a sífilis. Ele também está sendo tratado por distúrbio bipolar, e os exames médicos revelaram que sua infecção pelo HIV era recente.

O homem confessou que enquanto estava na Espanha, ele fazia sexo sem proteção. Também explicou que ele é já está vacinado contra a covid-19.

A co-infecção dos três vírus no corpo do homem veio como uma surpresa completa para os médicos que lidam com o caso. O risco para o sistema imunológico e a possibilidade de um aumento na gravidade dos casos os levou a investigar mais e os médicos enfatizaram a importância de conhecer o comportamento sexual de seus pacientes a fim de fazer um melhor diagnóstico.

O artigo, intitulado “Primeiro caso de varíola, SARS-CoV-2 e co-infecção HIV”, foi escrito por um grupo de médicos italianos, incluindo Santi Nolasco, Francesco Vitale, Alessandro Geremia e Fabio Tramuto.

Na pesquisa, a equipe disse que “dado que este é o único caso relatado de co-infecção pelo vírus da varíola macaco, coronavírus SRA-CoV-2 e HIV, ainda não há evidências suficientes para sustentar que esta combinação pode agravar a condição de um paciente”.

“Este caso destaca como a varíola dos macacos e os sintomas da covid-19 podem se sobrepor, e corrobora como em caso de co-infecção, a coleta anamnéstica e os hábitos sexuais são cruciais para fazer o diagnóstico correto”, informou a equipe.