
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou que a presidência da Casa não é uma “ferramenta de revanchismo” em resposta às declarações do deputado Arthur Lira, que criticou a condução da votação relacionada ao deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Motta ressaltou que sua gestão tem caráter imparcial e está pautada no diálogo e respeito entre os Poderes.
“A Presidência da Câmara não se move por conveniências individuais, nem deve servir como ferramenta de revanchismo”, declarou Motta à GloboNews. Ele acrescentou que o trabalho na Casa é feito “com seriedade, equilíbrio e abertura ao diálogo”, garantindo o funcionamento das instituições e acolhendo diferentes vozes do Parlamento.
Arthur Lira manifestou insatisfação com a decisão da Câmara de aplicar uma pena alternativa ao deputado Glauber Braga: suspensão de seis meses em vez de cassação do mandato. Segundo Lira, a Câmara está em “esculhambação” e defendeu a reorganização da Casa. Ele também sugeriu a atuação de Motta como inadequada, mencionando que o PSOL entrou com representação contra o presidente da Câmara na Procuradoria-Geral da República (PGR) após a retirada forçada de Glauber Braga da Mesa Diretora.
Lira vinha atuando para que o mandato de Glauber Braga fosse cassado, motivado por embates públicos entre ambos. Braga, por sua vez, já chamou Lira de “bandido” em diversas ocasiões e o acusou de controlar o orçamento por meio das emendas parlamentares, o que gerou tensão política intensa.
Embora o processo de cassação tenha sido aberto após Braga empurrar um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), fontes parlamentares indicam que os conflitos entre o deputado do PP e o do PSOL pressionaram o avanço da medida disciplinar.