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Hytalo Santos: adolescente engravida e perde bebê em mansão
19/08/2025 / 11:51
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Caso Hytalo Santos: adolescente engravida e perde bebê em mansão de influenciador – Foto: Reprodução

Uma adolescente de 17 anos que vivia na casa do influenciador Hytalo Santos engravidou durante o período em que participava das gravações de vídeos para redes sociais e acabou perdendo o bebê enquanto ainda estava sob seus cuidados.

Segundo as investigações, a jovem, conhecida como Kamylinha, é “adotada” por Hytalo desde os 12 anos e também se tornou influenciadora digital, acumulando mais de 11 milhões de seguidores no Instagram — perfil que foi bloqueado pelo Ministério da Fazenda por envolvimento com publicidade de casas de aposta.

Hytalo Santos e o marido Israel Nata Vicente estão presos desde sexta-feira (15/8) sob acusação de tráfico de pessoas e exploração sexual infantil. Ex-funcionários relataram à imprensa e ao Ministério Público uma rotina marcada por controle abusivo, festas com consumo de álcool por menores, restrições alimentares e vigilância constante. De acordo com os depoimentos, os adolescentes não tinham acesso livre aos celulares e viviam sob regime de trabalho intenso, com gravações frequentes, noites sem dormir e ausência de cuidados básicos.

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“Todos bebiam sem restrição”, disse um ex-funcionário. Outro afirmou que os adolescentes só podiam se alimentar quando Hytalo permitia. Uma ex-funcionária descreveu a rotina como “cárcere privado”, afirmando que os jovens viviam “como propriedade dele”. Além disso, os pais recebiam uma mesada que variava entre R$ 2 mil e R$ 3 mil para permitir que os filhos morassem na mansão e participassem das gravações.

Após denúncias de outro influenciador, o Felca, as redes sociais de Hytalo foram bloqueadas por determinação judicial. TikTok, YouTube e Instagram afirmam que suspenderam a monetização dos conteúdos por violações às regras.

A defesa do casal nega as acusações e afirma que a prisão é “um exagero”, alegando que eles estavam em São Paulo a passeio. Já o Ministério Público da Paraíba e o Ministério Público do Trabalho sustentam que há provas de aliciamento de menores, trabalho forçado e exploração sexual, e que outros responsáveis pelo esquema ainda estão sendo investigados. Após a prisão, os adolescentes foram devolvidos às famílias.