
O influenciador digital Hytalo Santos e o marido dele, Israel Vicente — conhecido como Euro —, réus em um processo que investiga a produção de conteúdos de exploração sexual com adolescentes, estão sendo ouvidos nesta quarta-feira (12/11) durante uma audiência de instrução no Fórum Criminal de Bayeux, na Região Metropolitana de João Pessoa.
De acordo com informações do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), essa é a segunda audiência de instrução do caso. Pelo menos duas testemunhas também devem prestar depoimento durante a sessão, que acontece de forma presencial.
Na entrada do fórum, fãs do influenciador se reuniram em apoio a ele, alguns vestindo roupas personalizadas com o nome e a imagem de Hytalo Santos.
Na primeira audiência, foram ouvidas seis testemunhas de defesa e duas de acusação. Entre elas estava Kamylinha, citada por Felca como uma das possíveis vítimas. Na ocasião, nem Hytalo nem o marido prestaram depoimento.
Durante a sessão anterior, a defesa protocolou um pedido de revogação da prisão preventiva do casal, enquanto o Ministério Público da Paraíba (MPPB) solicitou a manutenção da detenção. O juiz Antônio Rudimacy, da 2ª Vara Mista de Bayeux, responsável pelo caso, informou que vai analisar os pedidos, mas não definiu prazo para a decisão.
Hytalo Santos e o marido estão presos na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o presídio do Roger, em João Pessoa, desde agosto, quando foram transferidos de São Paulo para a Paraíba.
A Justiça aceitou parcialmente a denúncia e tornou Hytalo Santos e Israel Vicente réus por produção de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Parte do processo foi desmembrada, e outros três crimes relacionados à exploração sexual devem ser analisados pela Vara Criminal de Bayeux.
A denúncia do Ministério Público aponta que o casal é acusado de tráfico de pessoas, produção de material pornográfico e favorecimento da prostituição e exploração sexual de vulneráveis.
As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) revelaram um suposto esquema premeditado, com promessas de fama e benefícios materiais para atrair adolescentes em situação de vulnerabilidade. O MP também solicitou indenização por danos coletivos no valor de R$ 10 milhões.