Em um momento simbólico para o futuro urbano e cultural da capital paraibana, o Ilha Tech, hub de inovação e impacto, lançou oficialmente o Ilha ESG, uma jornada contínua de ações mensais voltadas à construção de soluções reais para os desafios sociais, ambientais e econômicos do Centro Histórico de João Pessoa.

A 1ª edição, realizada na terça-feira (15/4), reuniu nomes estratégicos dos setores público, privado, acadêmico e da sociedade civil para debater um tema urgente: como reocupar e revitalizar o Centro Histórico da cidade com inteligência, inclusão, criatividade e sustentabilidade?

A iniciativa tem realização do próprio Ilha Tech, em co-realização com a Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba (Secult), o InovaCentro (Secretaria Municipal de Preservação, Revitalização e Inovação do Centro Histórico de João Pessoa), com apoio institucional da Companhia de Desenvolvimento da Paraíba (Cinep).

Ilha ESG: ação prática para mudanças reais

Com uma abordagem objetiva e colaborativa, o encontro abriu espaço para uma discussão estratégica sobre o ICMS Cultural – programa de incentivo que permite isenção fiscal de até 100% para empresas que invistam em imóveis e ações culturais no Centro Histórico. São R$ 15 milhões em renúncia fiscal disponíveis, agora com novo prazo: até 18 de maio de 2025 empresários podem submeter projetos e garantir isenção total do imposto estadual.

Segundo Pedro Santos, secretário de Estado da Cultura, o programa é único no Nordeste e pode se tornar uma das principais ferramentas de transformação urbana da região. “A cultura sempre esteve presente no Centro. Agora, queremos dar a ela o protagonismo de impulsionar um novo ciclo: com dignidade, moradia, turismo, negócios e pertencimento.”

“A vida ali sempre aconteceu, as tribos indígenas, as escolas de samba, as ala-ursas, as brincadeiras populares, a Festa das Neves, elas acontecem no Centro Histórico de João Pessoa. O que a gente tá agora é querendo impulsionar esse espaço, requalificar, dar mais dignidade para quem pretende visitar ou pretende se instalar ou pretende morar nesse território”, reforça Pedro Santos.

O papel do Ilha Tech: transformar ideias em soluções

Para Ruy Dantas, fundador do Ilha Tech e CEO do Sin Group, o propósito do hub de inovação é simplificar o complexo, conectar atores e tirar projetos do papel. “O poder público está pronto, as oportunidades estão na mesa. O Ilha entra como elo entre ideias e execução, ajudando a unir empresários, criadores, comunidades e governo em prol de um território vivo e próspero.”

O Ilha ESG se posiciona como uma plataforma permanente de articulação e impacto, promovendo mensalmente conexões, diálogos e ações com foco em regeneração urbana, inclusão social e inovação territorial.

“Esse é só o começo. O Centro Histórico está sendo olhado como merece — como o berço da cidade, mas também como um vetor estratégico para seu futuro”, ressalta Dantas.

Startups como força de transformação territorial

Entre os participantes, Sevy Ramo, Gestor de Comunidades do Ilha Tech e fundador da Zandir – startup fintech automotiva que integra o ecossistema do Ilha como coral residente – destacou a importância do protagonismo das startups no processo de revitalização urbana:

“O Centro Histórico de João Pessoa é mais do que um retrato do passado — é um território vivo, cheio de potência criativa e pronto para um novo ciclo de protagonismo. Em várias cidades do Brasil, como Recife, São Paulo e Porto Alegre, foram justamente as startups e os ecossistemas de inovação que puxaram esse movimento de regeneração urbana e social. Aqui, não pode ser diferente.”

“Como coral residente do Ilha Tech, nós da Zandir acreditamos que a inovação precisa ter território, rosto e propósito. Não se trata apenas de tecnologia, mas de criar soluções conectadas à vida real das pessoas. É por isso que iniciativas como o Ilha ESG são tão valiosas: elas colocam na mesma mesa as quatro hélices que realmente podem transformar uma cidade — governo, academia, sociedade civil e mercado. Quando esses pilares se escutam, se conectam e atuam de forma colaborativa, o impossível vira plano e o plano vira realidade. João Pessoa tem tudo para se tornar referência nacional de como cultura, inovação e impacto social podem caminhar juntos. E o Centro Histórico pode — e deve — ser o ponto de partida dessa virada”, diz Sevy Ramo.

Um coral residente é uma iniciativa, startup ou instituição que tem presença física fixa na comunidade Ilha Tech. São agentes ativos de transformação que usam o espaço para inovar, colaborar e impactar positivamente o território.

Gatilho de oportunidade: a hora de agir é agora

Com a prorrogação do edital do ICMS Cultural, a presença ativa de startups no território e o crescente apoio da Prefeitura e do Governo do Estado, empresários, investidores e coletivos têm diante de si uma janela estratégica para transformar não só prédios históricos, mas também realidades sociais e econômicas.

“É hora de ocupar com qualidade, habitar com criatividade e investir com propósito”, avalia Thiago Lucena, secretário do InovaCentro.

Sobre o Ilha Tech

O Ilha Tech é um centro de inovação e impacto localizado em João Pessoa, que atua como conector entre setor público, privado e sociedade civil. Seu propósito é transformar ideias complexas em soluções acessíveis, catalisando o desenvolvimento sustentável, regeneração urbana e inovação com propósito.

Sobre o Ilha ESG

O Ilha ESG é uma iniciativa mensal promovida pelo Ilha Tech com foco em práticas e debates voltados aos pilares de sustentabilidade, impacto social e governança, com ações práticas que buscam revitalizar territórios e gerar prosperidade inclusiva.