
A fotografia do presidente Lula (PT) ao lado do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se tornou a mais vista e comentada nas redes sociais do petista, segundo levantamento da consultoria Quaest.
A imagem, publicada em 26 de outubro, mostra Lula e Trump sorrindo e apertando as mãos, com as bandeiras do Brasil e dos EUA ao fundo, durante a cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), em Kuala Lumpur, na Malásia. A foto alcançou 72 milhões de visualizações, 778 mil menções, 22 milhões de curtidas e 7,5 milhões de compartilhamentos no Instagram, X, TikTok e Facebook, superando a marca anterior do presidente, registrada em uma foto em que Lula aparece de sunga ao lado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja.
Segundo a Quaest, que utilizou a ferramenta QuaestScan para mapear interações entre os dias 21 e 27 de outubro, a foto do encontro com Trump teve maior alcance em todas as métricas, incluindo menções e compartilhamentos. A imagem de 2021, famosa nas redes, registrou 65 milhões de visualizações, 4,6 milhões de menções, 19 milhões de curtidas e 7 milhões de compartilhamentos.
O levantamento também avaliou os sentimentos dos internautas sobre o encontro: 54% das menções foram neutras, 26% positivas e 20% negativas.
“É um exemplo claro da política como imagem“, afirma Felipe Nunes, diretor da Quaest. “O sorriso, a postura, o aperto de mão, tudo é simbólico“, afirma.
“É resultado da guerra de narrativas. A direita tentando emplacar a menção a [o ex-presidente Jair] Bolsonaro. A esquerda tentando comemorar a virada. A maioria observando.”
Durante a cúpula da Asean, Lula e Trump participaram de uma reunião bilateral de cerca de 50 minutos, discutindo as tarifas impostas pelos EUA ao Brasil. Após o encontro, Trump declarou que tudo é justo e elogiou Lula e o país. “Tenho muito respeito pelo seu presidente, tenho muito respeito pelo Brasil”, disse. Lula, por sua vez, destacou que o diálogo entre líderes é o caminho para acordos.
Nesta terça-feira (28), Trump desejou feliz aniversário ao presidente brasileiro e mencionou novamente a possibilidade de redução das tarifas.