A operação Indignus, deflagrada nesta quinta-feira (5) por uma força-tarefa composta por Gaeco/MPPB, Polícia Civil, Controladoria-Geral do Estado da Paraíba e secretarias de Segurança e Fazenda, tem na mira 10 imóveis que seriam propriedade do ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, padre Egídio de Carvalho Neto. Um dos apartamentos visitados pelas forças policiais está localizado no bairro do Bessa.
O padre Egídio é um dos suspeitos de estar envolvido nas irregularidades identificadas no Hospital Padre Zé. De acordo com apuração da TV Cabo Branco, os outros alvos são Jannyne Dantas, diretora administrativa do Hospital Padre Zé, e Amanda Duarte, tesoureira da unidade hospitalar filantrópica.
Ao todo, estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª Vara Criminal da Capital. A investigação objetiva apurar os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA), no município de João Pessoa-PB. As informações são de possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e do pagamento de propinas a funcionários vinculados às entidades investigadas.
De acordo com a força-tarefa, a investigação “aponta para uma absoluta e completa confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com um dos investigados, com uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos”.
As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.