A Paraíba é líder em ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Nordeste. É o que aponta um índice criado pelos pesquisadores Débora Abrantes, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e Gesinaldo Cândido, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Em uma escala que varia de 0 (pior resultado) a 1 (melhor resultado), a Paraíba obteve índice final 0,67, o melhor entre os nove estados nordestinos.
Logo após a Paraíba, vem o Ceará, que obteve índice 0,64. Os dois estados obtiveram os melhores resultados da região. Em seguida, Pernambuco (0,60), Rio Grande do Norte (0,58), Bahia (0,55) e Sergipe (0,49) ocupam, respectivamente, da terceira à sexta posição no ranking. Fechando a lista, estão Piauí (0,43), Alagoas (0,41) e Maranhão (0,35).
A criação do índice faz parte da dissertação de mestrado de Débora, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA), do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPB. A dissertação foi defendida em fevereiro deste ano e contou com a orientação do professor Gesinaldo Cândido.
Na pesquisa, os cientistas apontam que, na área de CT&I, o gasto público, a excelência do sistema de pesquisa e a força do capital humano são as forças da Paraíba. O estado possui, ainda, potencialidades em infraestrutura, dispêndio empresarial em atividades inovativas e ocupações e exportações no contexto da ciência, tecnologia e inovação.
O bom desempenho da Paraíba e do Ceará se deve às boas posições alcançadas pelos dois estados em quatro pilares do estudo: condições estruturais, investimentos, atividades inovativas e impactos. Nesses pilares estão agrupados todos os critérios que serviram de sustentação para a obtenção do índice.
Para o estabelecimento do índice, os pesquisadores adotaram uma metodologia dividida em etapas. Primeiramente, os pesquisadores mapearam os dados disponíveis dos estados nordestinos na área de CT&I. Em seguida, aplicaram sistemas de indicadores a partir de experiências nacionais e internacionais para, na última etapa, classificar os estados do Nordeste de acordo com o seu desempenho.
Segundo Débora, a criação do instrumento de avaliação no âmbito da CT&I é de extrema importância para a compreensão das forças, fragilidades e também das potencialidades locais e regionais. “As informações provenientes do índice podem ser utilizadas pelas diversas instituições para a (re)definição de políticas e estratégias que sejam adequadas à promoção do desenvolvimento inovativo das regiões”, diz a pesquisadora.
Confira um resumo do estudo