PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desacelerou o ritmo de alta para 0,31% em abril. Com o resultado, o indicador acumula avanço de 6,76%% em 12 meses. Ou seja, permanece acima do teto da meta de inflação de 2021. O centro da meta deste ano é de 3,75%, com limite de 5,25%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta de preços em abril. O maior impacto no indicador (0,16 p.p.) e a maior variação (1,19%) vieram de saúde e cuidados pessoais. A segunda maior contribuição (0,09 p.p.) foi de alimentação e bebidas (0,40%), que acelerou frente ao mês anterior (0,13%).
Os dados do IPCA foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em março, o índice havia subido 0,93%.
Analistas consultados pela agência Bloomberg esperavam variação de 0,29% em abril. Em 12 meses, a projeção era de aumento de 6,74%.
O IPCA é considerado a inflação oficial do país. Durante a pandemia, ganhou corpo com o aumento nos valores de alimentos e, mais recentemente, de combustíveis. Alta do dólar e avanço das commodities ajudam a explicar a elevação sentida no bolso dos consumidores.
Em uma tentativa de frear os preços, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central voltou a subir a taxa básica de juros no último dia 5. Com a confirmação de aumento de 0,75 ponto percentual, a Selic passou para 3,50% ao ano. Após a reunião, comunicado do Copom indicou nova alta na mesma magnitude em junho, para 4,25%.
Analistas do mercado financeiro projetam IPCA de 5,06% ao final de 2021. A estimativa integra a edição mais recente do boletim Focus, divulgada na segunda-feira (10) pelo Banco Central. Há um mês, a previsão para a inflação estava em 4,85%.