A Justiça dos EUA negou nesta quinta-feira (21) o pedido de liberdade condicional feito por Erik Menendez.
Condenado em 1996 pelo assassinato dos pais junto com o irmão, Lyle, ele foi avaliado pelo Departamento de Serviços de Correções e Reabilitação da Califórnia nesta quinta-feira (21). O episódio ganhou repercussão internacional.
Uma comissão, formada por dois ou três membros, ouviu Erik em um depoimento por videoconferência. Ele está detido em uma prisão em San Diego.
A audiência foi possível depois que, em maio, um juiz da Califórnia decidiu reduzir as penas de Erik e Lyle de prisão perpétua, sem direito à redução, para ao menos 50 anos de reclusão – o que abriu a possibilidade para o pedido. Ambos estão presos há 35 anos.
Para obter a liberdade, segundo o tribunal, ele deveria demonstrar arrependimento e provar que não representa risco à sociedade. O irmão dele, Lyle, será ouvido nesta sexta-feira (22).
O promotor público do Condado de Los Angeles, Nathan Hochman, se opôs à liberdade condicional de Erik e Lyle Menendez, dizendo que os irmãos “nunca aceitaram totalmente a responsabilidade pelos horríveis assassinatos de seus pais”. Ele os acusou de continuar a promover uma “narrativa falsa de legítima defesa que foi rejeitada pelo júri décadas atrás”.
Em maio, o juiz que reduziu as penas dos irmãos afirmou que não cabia e ele decidir se “eles devem ser soltos”, mas que “eles já fizeram o suficiente nesses 35 anos para merecer essa chance.”
Durante a maior parte da audiência, os irmãos — que participaram por videoconferência — não demonstraram emoção, mas riram quando uma prima, Diane Hernandez, contou ao tribunal que Erik tirou nota máxima em todas as matérias no semestre mais recente da faculdade.
O caso chamou a atenção do público por décadas e ganhou nova repercussão em 2024, após o lançamento de um documentário. Nos últimos meses, apoiadores dos irmãos viajaram de várias partes dos EUA para participar de manifestações e audiências.
Com informações g1 e Associated Press