Os irmãos Sérgio Francisco da Silva e Carlos Antônio da Silva foram condenados, nesta quinta-feira (16/5), pelo homicídio de Luydiana Jamelle Miranda Barreto, de 27 anos. O júri popular foi presidido pela juíza titular da Comarca de Pedras de Fogo, Higyna Josita Simões de Almeida. O crime aconteceu no dia 4 de outubro do ano passado e ganhou repercussão na região de Pedras de Fogo, localizado 57 km ao sul de João Pessoa, divisa com o estado de Pernambuco. A magistrada também negou o direito aos réus de apelar em liberdade.
O Conselho de Sentença entendeu que Sérgio Francisco da Silva é culpado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, e a magistrada determinou a ele uma pena de 25 anos de prisão. Já seu irmão, Carlos Antônio da Silva, conhecido como ‘Caio’, foi condenado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver, recebendo uma sentença de 15 anos de reclusão. Ambos vão iniciar o cumprimento da sentença em regime inicialmente fechado, de acordo com o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB).
Conforme os autos, Sérgio mantinha um relacionamento com Luydiana e em companhia de Carlos, agrediram a vítima até a morte. Em seguida, esconderam o corpo da vítima na base de uma cama de cimento dentro de sua própria casa. O homicídio, segundo a denúncia do Ministério Público, aconteceu por motivos de ciúmes.
Sobre a personalidade de Sérgio, a juíza disse que foi constatado, a partir das provas no curso da instrução criminal, demonstração de extrema frieza, violência e perversidade na agressão à vítima, com quem mantinha um relacionamento.
“O péssimo caráter e a má índole do réu foram extraídos de seu comportamento durante e após a execução delitiva”, disse a magistrada. “Inclusive, não demonstrando nenhuma reação de emoção quando o corpo da vítima foi encontrado, mesmo sabendo que ela havia desaparecido há alguns dias. O senso comum é no sentido de que encontrar o corpo da namorada concretado numa cama, deveria causar extremo dissabor”, acrescentou.
Ainda conforme informações processuais, no dia do homicídio, Carlos e Sérgio teriam espancado a vítima, causando-lhe lesões em diversas partes do corpo. A morte foi por asfixia mecânica (estrangulamento), de acordo com certidão de óbito constante nos autos.
“Os denunciados envolveram o corpo da vítima em um saco plástico, colocaram no interior de uma estrutura que servia como base de uma cama, concretaram com o cimento e colocaram um colchão em cima, ocultando-o, a fim de que nunca fosse localizado, mas o corpo foi encontrado no dia 11 de outubro de 2023”, diz o processo.
Na época do crime, cerca de um mês depois, o delegado Marcos Alves, que investigou o caso, afirmou ao portal g1 que suspeitava que a motivação do crime foi ciúmes, além de brigas pela administração de um bar.