Israel anunciou que irá limitar o envio de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, alegando que o grupo Hamas não cumpriu plenamente o acordo de devolver os corpos de todos os reféns mortos, conforme previsto no cessar‑fogo vigente.

A medida envolve, entre outras ações, a redução de 600 para 300 caminhões diários de suprimentos permitidos entrarem em Gaza, ou seja, metade do volume pactuado anteriormente. Também será impedido o envio de combustível ou gás, salvo apenas para infraestrutura humanitária considerada essencial.

O governo de Israel, por meio da COGAT, a autoridade militar responsável pelo controle do fluxo de ajuda humanitária, alega que o Hamas até agora entregou apenas uma parte dos corpos dos reféns mortos, sendo que ainda restam dezenas de vítimas sem devolução confirmada. Segundo o relatório, foram entregues quatro caixões até o momento, restando pelo menos 23 casos de supostos mortos e um refém cujo destino é desconhecido.

Consequências

Organizações humanitárias e a ONU manifestaram preocupação, afirmando que a limitação do fluxo de ajuda expõe civis em Gaza a risco de fome e à escassez de bens essenciais. A exigência de devolver os corpos foi parte do acordo de cessar‑fogo, mas o cumprimento parcial do pacto trouxe tensão diplomática e de segurança. O fechamento de fronteiras, especialmente o posto de Rafah com o Egito, está sendo mantido ou suspenso dependendo do progresso na devolução dos corpos.