GUARULHOS, SP (FOLHAPRESS) – O governo de Israel aprovou nesta sexta (1º) uma recomendação do Ministério da Saúde do país que retira o Brasil, a Bulgária e a Turquia da lista de países proibidos como destino de viagens de israelenses e origem de turistas. As nações eram as últimas que restavam na lista vermelha de países.
A autorização passa a valer a partir da próxima segunda (4). Até o momento, para viajar para esses destinos, os israelenses tinham de pedir permissão especial a um comitê de exceção. Com a saída dos países da lista, a autorização não é mais necessária.
Residentes no Brasil, na Bulgária e na Turquia não podiam viajar para o país do Oriente Médio, o que também muda com o levantamento das restrições. Algumas exigências, porém, permanecem e variam de acordo com a nacionalidade do viajante.
Segundo informações do cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, brasileiros que desejam viajar para Israel estão agora sob o mesmo guarda-chuva de todos os estrangeiros: devem obter uma autorização especial de entrada da autoridade de imigração israelense, disponível neste site (em inglês).
Além disso, é preciso realizar um teste PCR para Covid 72 horas antes do embarque e apresentá-lo no aeroporto; ter tomado as duas doses ou a dose única da vacina; realizar outro teste ao desembarcar em Israel e, então, cumprir uma quarentena a ser determinada pelas autoridades locais e que pode chegar a sete dias.
No caso de cidadãos israelenses que vivem no Brasil -ou em qualquer outro país-, a autorização especial não é necessária, mas todas as outras exigências seguem válidas. É preciso, ainda, preencher um formulário 24 horas antes da partida, disponível aqui. As informações estão detalhadas no site oficial do governo israelense para assuntos relacionados à pandemia.
A medida de proibição vinha sendo adotada como uma política sanitária do governo de Israel em razão da alta do número de casos de Covid-19 nessas nações e da proliferação de novas variantes do coronavírus. O país assiste à quarta onda da pandemia, em razão da variante delta.
Com média semanal de casos diários em torno de 480, Israel tem 64% da população com esquema vacinal completo, segundo dados da plataforma Our World in Data. Em agosto, o país passou a aplicar a terceira dose do imunizante da Pfizer em maiores de 12 anos.
As restrições impostas pelo país vinham incomodando brasileiros residentes em Israel, insatisfeitos com a impossibilidade de visitarem parentes no Brasil. O grupo pressionava os ministérios da Saúde, do Interior e da Migração para que levantassem a proibição.
Segundo informações da RFI, o grupo chegou a criar um abaixo-assinado, com mais de 2.000 assinaturas. Um dos argumentos era o de que a proibição do contato com os familiares por tanto tempo trazia consequências para a saúde mental, especialmente dos mais velhos.