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Iza entra na lista da Times de líderes influentes da nova geração
29/05/2021 / 17:46
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cantora e compositora Iza, 30, entrou para a lista da Times de líderes influentes da nova geração. A notícia, divulgada pela publicação nesta sexta-feira (28), destaca que a artista usa sua visibilidade para combater o racismo no Brasil, traçando um panorama sobre a desigualdade racial no país.

Em entrevista à Time, a cantora disse que está ciente que ela é a representação que tão desesperadamente buscou quando criança. “Minha responsabilidade é [pesada]. As pessoas morrem por causa do racismo todos os dias [aqui]”, diz a cantora.

Segundo a publicação, Iza está usando sua plataforma não apenas para compartilhar seus sucessos, mas também para conscientizar as pessoas sobre as formas como o racismo permeia a vida cotidiana no Brasil, inclusive nas mensagens de suas músicas e vídeos.

“Não falo sobre racismo porque é um assunto de que gosto muito. Falo sobre isso porque é necessário. Posso dizer muito através da música. Nosso microfone é uma arma e precisa ser usado”, afirmou.

A artista não escondeu a felicidade de ter entrado para a lista da Times e compartilhou o vídeo da publicação falando dela em sua conta no Instagram.

 

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Uma publicação compartilhada por IZA (@iza)

“Mama, eu estou na Time. Que honra fazer parte da lista “Next Generation Leaders” de 2021! Não consigo acreditar! Muito obrigada revista Time e Jenna Caldwell por esta oportunidade incrível! Deus é bom!!!”, escreveu a cantora na legenda do vídeo.

Nascida em Olaria, zona norte do Rio, para onde retornou aos 12 anos, IZA começou a carreira de cantora quando criança, no coral da igreja. Ela passou a infância em Natal, no Rio Grande do Norte, por causa do trabalho do pai, primeiro oficial de náutica da Marinha Mercante.

Filha de uma professora de música e artes, IZA cresceu em uma família de classe média que apreciava a música. Estudou em escolas particulares, nas quais a mãe lecionava, e formou-se em publicidade na PUC-Rio, mas abandonou a área para seguir carreira musical.

O empoderamento -como mulher e negra- ela só encontrou aos 17 anos, após uma tarde em que passou chorando na frente do espelho. Agora, IZA fala sobre esse e outros temas libertários em suas composições.

Dona dos hits “Pesadão”, lançado em parceria com Marcelo Falcão no ano passado, e “Te Pegar”, a cantora tem conquistado seu espaço na música brasileira. “Ser mulher na indústria faz com que você seja alvo de eternas comparações e isso pode nos prejudicar um pouco”, disse em entrevista, em 2018, ao jornal Folha de S.Paulo.

Sua inspiração também vem de outras artistas, como as atrizes Taís Araújo, Aisha Jambo e Isabel Fillardis por serem negras e por quebrarem barreiras a todo momento.

Diz ser feminista e ter uma postura combativa e ao lutar por um patamar de igualdade de gênero que ainda parece distante. “A nossa independência ainda está atrelada a existência do outro, nesse caso, o homem.”