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João Azevêdo adianta sobre reconciliação com Veneziano e Ricardo em entrevista à Folha: “Diria que é improvável”
04/11/2022 / 07:02
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Reeleito com 52,51% dos votos válidos na Paraíba, o governador João Azevêdo (PSB) considerou “improvável” uma reconciliação com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) e o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que já foram seus aliados.

“O ex-governador tem um rumo completamente diferente daquilo que acredito de fazer política. Não tenho nenhum problema pessoal com o senador, entretanto, [ele] escolheu caminhos diferentes”, disse Azevêdo em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira (04.11).

Ele comentou a disputa apertada com o deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) – 116.941 votos de diferença – e chamou de “salada política” sem coerência ideológica o arco de alianças em torno do tucano no segundo turno.

“Serei governador de todos os paraibanos e não apenas da parte que me elegeu. Mas travamos uma luta gigantesca porque no aglomerado de pessoas do outro lado tinha de extrema esquerda à extrema direita, pessoas de PL, PT, MDB, como o senador Veneziano, o ex-governador Ricardo Coutinho, os deputados federais e estaduais eleitos aliados do ex-governador estavam juntos. Uma salada política cujo único objetivo era derrotar o governo, não havia coerência ideológica, os interesses eram confusos e diversos”, disse João.

Comentou ainda a vitória do PSB para os governos da Paraíba, Maranhão e Espírito Santo, bem como a derrota no Rio de Janeiro e em Pernambuco. Para João, “o PSB vai ter que rever sua posição inclusive quanto partido”.

“Há uma necessidade de se reavaliar as possíveis alianças. Acho que foi correto o PSB não ter entrado na federação [com PT, PC do B e PV], pois sairia menor quanto partido [se entrasse]. O PSB acertou em vários estados, entretanto, em função de alianças, até com o próprio PT em determinados estados, [isso] levou o PSB a ter derrotas no Rio de Janeiro e em Pernambuco”.

Questionado sobre a reunião que deve acontecer entre o presidente eleito Lula (PT) e os governadores em janeiro, João listou projetos prioritários para o estado que serão apresentados ao petista.

“Um dos projetos é a terceira entrada do Eixo Norte da Transposição na Paraíba para o Rio Piancó. Há um conjunto de cidades ao redor desse rio com potencial muito grande, mas com a insegurança hídrica. Além disso, obras econômicas viárias na Paraíba, pois as rodovias federais precisam de melhor adequação e serem duplicadas. O terceiro é a saúde, a construção do Hospital de Clínicas e Traumatologia do Sertão. E vamos discutir também a insegurança alimentar”.

Ele também tratou como prioridade do seu segundo mandato a interiorização do turismo, “incluindo a construção de um Centro de Convenções de Campina Grande. E na segurança, investir em tecnologia com centros integrados de comando e controle. Sem descuidar da saúde”, completou.