O governador do estado, João Azevêdo (PSB) afirmou nesta segunda-feira (19/8) que determinou ao secretário de Segurança da Paraíba, Jean Nunes, que faça uma “apuração extremamente rigorosa” para confirmar se o candidato a prefeito de João Pessoa, Ruy Carneiro (Podemos) foi impedido de realizar uma plenária na quinta-feira (15), no bairro do Cristo, por ordem do crime organizado, a mando de políticos.
“Eu determinei ao secretário de Segurança que fizesse uma apuração extremamente rigorosa desse acontecimento, até porque no outro dia já apareceu o dono do circo gravando dizendo que não teve nada daquilo. Então, é preciso muito cuidado nessa hora. A gente tem que fazer avaliação, e por isso que eu pedi uma investigação colocando delegado especial pra cuidar disso, pra gente saber verdadeiramente o que aconteceu, ou se não aconteceu“, disse o governador em entrevista à imprensa.
Ruy Carneiro declarou na sexta-feira (16/8) que apresentaria ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) um pedido para haver tropas federais nas eleições municipais na capital. Na noite de quinta (15), Ruy e a vice da chapa, Amanda CSI (MDB) registraram um boletim de ocorrência na Cidade da Polícia, em João Pessoa. Ele afirmou que o evento de pré-campanha no Cristo foi impedido de ser realizado por ordens de facção criminosa.
O deputado relatou que o evento seria realizado em um circo, com grupos culturais. No entanto, Ruy teria sido aconselhado pelo dono do circo a cancelar a reunião. Integrantes de uma facção criminosa teriam ordenado que a plenária não ocorresse e feito ameaças contra o dono do circo e sua família.
Depois das declarações de Ruy, o dono do circo onde seria realizado o ato político negou a versão do candidato a prefeito de João Pessoa e disse que não houve ameaça de facção por causa do ato evento.
Carneiro, então, postou nas redes sociais um áudio com relatos do dono do circo temendo pela ameaças que teriam sido feitas pelos traficantes.
“As famílias estão sendo silenciadas e obrigadas a negar a interferência do crime organizado nas eleições de João Pessoa. Pediremos que a Polícia Civil reforce a segurança da família de José Carlos da Silva, (Palhaço Pipoquinha), dono do circo. Nós queremos que os criminosos que o forçaram a mentir sejam identificados e punidos no rigor da lei“, publicou.