O governador da Paraíba, João Azevedo, usou o Twitter para condenar de forma contundente os atos de violência no recente caso envolvendo o médico João Paulo Casado. Registros de câmeras de segurança revelaram o médico agredindo fisicamente a companheira. As imagens são de abril e setembro de 2022, mas só foram divulgadas no último domingo (10).
Em sua conta oficial na rede social, o governador expressou seu repúdio à violência contra a mulher, declarando: “Violência contra a mulher é intolerável. É crime! O caso também já está sendo investigado pela Delegacia da Mulher para garantir o cumprimento da lei e, principalmente, justiça. Nossa total solidariedade à vítima. Nenhuma mulher na Paraíba está sozinha e pode contar com nossa rede de apoio e enfrentamento contra abusos como esse. Esperamos que o agressor seja punido conforme a lei e que essa situação terrível sirva como um exemplo de que a violência contra a mulher não pode ser tolerada”, completou.
João Paulo Casado era diretor-técnico do Hospital Ortotrauma de Mangabeira, servidor do Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa e também do Corpo de Bombeiros da Paraíba. As secretarias de Saúde do estado e do município confirmaram a exoneração do médico e o Corpo de Bombeiros comunicou a abertura de um procedimento para investigar a conduta do bombeiro. Ele foi afastado das funções na corporação.
Nesta segunda (11), o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) também determinou a abertura de sindicância para investigar a atitude do médico. Ele será investigado considerando os artigos 23 e 25 do Capítulo IV do Código de Ética Médica. João Paulo já é investigado por violência contra mulher. De acordo com a delegada Paula Monalisa, ele tem um histórico de agressividade e a mulher que aparece nos vídeos não teria sido a única vítima do agressor. Ainda segundo a delegada, o médico será ouvido e pode ser preso caso a Polícia Civil solicite a prisão preventiva e a Justiça acate o pedido.
Defesa
O advogado do médico João Paulo Casado acusou a vítima de extorsão em uma nota divulgada à imprensa. A nota, assinada pelo advogado Aécio Farias, afirma que o conteúdo foi divulgado pois, “há poucos dias, após não mais ceder às extorsões para a manutenção do pagamento de mensalidade da faculdade de medicina, no valor de R$ 10.670,00, e ajuizar ação de divórcio, são exibidos vídeos cujas origem e autenticidade são contestadas”.