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Juiz deixa processo que apura tráfico de pessoas envolvendo Hytalo Santos por “foro íntimo”
09/12/2025 / 11:31
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Por “foro íntimo”, juiz sai de processo que apura exploração sexual atribuída a Hytalo Santos
Juiz deixa processo que investiga Hytalo Santos por tráfico de pessoas e prostituição na Paraíba – Imagem: Reprodução/Globoplay

O juiz Bruno Isidro, da 1ª Vara Mista de Bayeux, se declarou suspeito para julgar o processo que investiga Hytalo Santos e o marido dele, Israel Vicente, conhecido como Euro, por suspeitas de tráfico de pessoas e favorecimento de prostituição. A decisão foi registrada por “foro íntimo” e afasta o magistrado da condução desse braço da investigação.

O casal já responde a outro processo na Justiça, que trata da produção de conteúdo pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Por esse motivo, o caso foi desmembrado: crimes ligados à exploração sexual ficaram sob responsabilidade da Vara Criminal, enquanto as acusações previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) são conduzidas separadamente.

Antes de deixar o caso, Bruno Isidro manteve marcada uma audiência de instrução para o dia 18 de dezembro, às 9h, no prédio da 1ª Vara Mista de Bayeux. Advogados, representantes do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e testemunhas foram intimados. Nesse processo, Hytalo e Euro aparecem como denunciados.

A separação dos autos foi determinada ainda em setembro pela 2ª Vara Mista de Bayeux. A decisão destacou que a Vara da Infância e Juventude só possui competência para crimes previstos no ECA, o que levou ao desmembramento e à tramitação paralela das denúncias.

Outro processo segue em andamento

Além das acusações de tráfico de pessoas e favorecimento da prostituição, Hytalo Santos e Israel Vicente já são réus em um segundo processo por produção de conteúdo pornográfico com crianças e adolescentes. A denúncia foi oferecida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que apontou um esquema estruturado para exploração sexual de menores.

Segundo o Gaeco, o casal utilizava promessas de fama, benefícios materiais e procedimentos estéticos para atrair jovens em situação de vulnerabilidade. Tatuagens de cunho sexual também eram realizadas, e os acusados teriam controle rígido sobre rotinas e meios de comunicação das vítimas. O Ministério Público pediu ainda indenização por danos coletivos no valor de R$ 10 milhões.

A investigação desse processo está sob responsabilidade do juiz Antônio Rudimacy.

Hytalo e Euro seguem presos no presídio do Roger, em João Pessoa, desde agosto, após terem sido transferidos de São Paulo para a Paraíba.

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