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Juliano Moreira avança na Reforma Psiquiátrica e desinstitucionaliza último paciente interno
07/08/2021 / 14:01
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O paciente do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, W.G.P., de 58 anos, viveu, nessa semana, junto com a unidade, um momento especial. Ele foi o último paciente desinstitucionalizado da instituição que o encaminhou para uma comunidade terapêutica.

Com o diagnóstico de esquizofrenia, passou quase a vida toda em hospitais psiquiátricos, sendo dois anos e três meses no Juliano Moreira. Agora, com a desinstitucionalização, seu tratamento terá continuidade na comunidade terapêutica, onde será reinserido no convívio com a sociedade.

“A ação faz parte do processo de desconstrução do modelo manicomial e efetivação de uma nova forma de atenção psicossocial, onde são priorizadas a atenção integral e inserção social desses indivíduos. Tudo isso com base na Reforma Psiquiátrica, instituída com a Lei 10.216/01”, explicou a diretora geral do complexo, Andrezza Ribeiro.

De acordo com dados do Juliano Moreira, no ano de 2020, foram desinstitucionalizados 12 pacientes. Em 2021, foram seis internos, sendo que um deles retornou para o convívio familiar. Os encaminhamentos foram para os serviços de acolhimento oferecidos pela rede de saúde: residências terapêuticas, residências inclusivas e casas de acolhida.

De acordo com Andrezza, dentro do processo de humanização do cuidado e na política de desinstitucionalização da atenção em saúde mental, o usuário é recebido por uma equipe multiprofissional, formada por psicólogos, assistentes sociais, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, educadores físicos e ainda são oferecidas práticas terapêuticas como yoga, recreação, auriculoterapia, ventosa, entre outras.

“Dessa forma, a nossa intenção é devolver a dignidade da pessoa humana, reestruturando os vínculos fragilizados, resgatando o compromisso com a inclusão social e autonomia dos mesmos”, pontuou a diretora.

A coordenadora da Comissão de Desinstitucionalização do complexo, Ângela Sátiro, destaca que o trabalho da equipe multiprofissional, além de buscar a inclusão do usuário na sociedade, faz com que a população o aceite como cidadão. “Sem preconceitos, sem medos e sem estigmas”, frisou.