A juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, da 64ª Zona Eleitoral, determinou na noite desta sexta-feira (18), o afastamento de Raíssa Lacerda (PSB) do cargo de vereadora de João Pessoa. A decisão veio após a magistrada acolher um pedido formulado pelo Ministério Público, diante dos acontecimentos que ocorreram esta semana.
Na decisão, a juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho aponta que Raíssa atentou contra a decisão judicial, imposta através de medidas cautelares, quando não podia frequentar prédios de órgãos públicos ligados ao município de João Pessoa.
“Verifico que a representada aparenta não compreender a magnitude dos seus atos criminosos e atenta, frontalmente, a autoridade das decisões judiciais. Nesse contexto, cabe consignar que, após ter sua prisão preventiva substituída por medidas cautelares diversas da prisão foi determinado por este Juízo a proibição da representada RAISSA LACERDA de adentrar e frequentar órgãos públicos ligados ao município de João Pessoa”, pontuou a magistrada.
Usando tornozeleira eletrônica, Raíssa esteve na sessão da Câmara Municipal de João Pessoa da última terça-feira (15), quando na oportunidade, desabafou sobre sua prisão durante as Eleições 2024. Segundo a parlamentar, o episódio foi “extremamente injusto” e reafirmou ser inocente diante das acusações.
Além disso, ela levantou suspeitas sobre o presidente da Câmara, Dinho Dowsley (PSD). De acordo com Raíssa, em seu discurso, alguns dos investigados na mesma operação em que ela foi presa seriam assessores dele.
Raíssa Lacerda foi presa no dia 19 de setembro pela Polícia Federal, durante a Operação ‘Território Livre’, que investiga o aliciamento violento de eleitores em João Pessoa. A suspeita é de que o grupo criminoso estaria utilizando meios ilegais para tentar obrigar as pessoas de determinados bairros a votarem na candidata.