MÔNICA BERGAMO
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Tribunal de Justiça de Pernambuco determinou que o cantor Amado Batista seja notificado e se manifeste no prazo de 15 dias sobre declarações de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus filhos teriam praticado roubo durante os governos petistas.
O ex-presidente Lula ingressou com a interpelação judicial e pedido de explicações no dia 28 de junho. Na segunda-feira (5), o juiz José Anchieta Felix da Silva, da 5ª Vara Criminal da Capital, determinou a notificação do cantor.
As declarações foram dadas em entrevista ao programa “Frente a Frente”, transmitido pela Rede Nordeste de Rádio. “Antes do Bolsonaro, o dinheiro brasileiro era investido para ajudar países comunistas”, afirmou o apresentador Magno Martins, que disse citar o ministro do Turismo, Gilson Machado.
Amado, então, completou: “Além de roubar pra caramba, né? Além de ter roubado pra caramba. Existem pessoas que eram pobres antes do comunismo aqui, antes da esquerda, e que estão milionários hoje.”
O jornalista questionou se o ex-presidente Lula se encaixava na condição descrita pelo cantor —que confirmou. “Com certeza. Tanto ele quanto os filhos dele, né?”
Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente petista, ingressou com queixa-crime por injúria contra Amado Batista. Amado também chegou a afirmar na entrevista que um dos filhos de Lula é latifundiário. “É só ir pro Pará, lá pro Mato Grosso, para vocês verem. Ao vivo e a cores.”
A queixa-crime apresentada à Justiça diz que, por causa das declarações do cantor, o filho do ex-presidente foi obrigado a assistir injusta ofensa contra si e contra seus familiares.