A modelo Linda Evangelista, de 57 anos, virou capa do mês de setembro da edição britânica da revista Vogue após passar por um procedimento estético que deu errado, onde ela mesmo aponta ter sido deformada.
Nas fotos publicadas pela revista, fitas adesivas e elásticos foram usados para puxar seu rosto, mandíbula e pescoço para trás, com a intenção de esconder os danos causados pelo procedimento.
Na sua conta do Instagram, publicou uma foto mostrando parte do processo onde tinha várias fitas colocadas.
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A modelo passou por uma criolipólise, com objetivo de reduzir a gordura corporal, mas o procedimento não teve o resultado desejado, trazendo um efeito colateral permanente no seu rostro.
No mês passado, a modelo fez um acordo legal com a empresa responsável pela clínica que fez o procedimento. Não foram divulgados quais os termos desse acordo.
“Essa não é minha mandíbula e meu pescoço na realidade — eu não posso andar por aí com fita adesiva e elásticos em todos os lugares”, afirmou.
“Estou tentando me amar como sou.”
E acrescentou:
“Para as fotos, sempre penso que estamos aqui para criar fantasias. Estamos criando sonhos. Acredito que é permitido. Além disso, todas as minhas inseguranças são resolvidas nessas fotos, então tenho que fazer o que amo fazer.”
Faz quase um ano que a supermodelo canadense — um dos rostos mais conhecidos nas passarelas e capas de revistas das décadas de 1990 e 2000 — disse que desapareceu dos holofotes porque foi “brutalmente deformada” por um procedimento não-cirúrgico de redução de gordura.
Segundo ela, o CoolSculpting — nome comercial da criolipólise, que usa temperaturas muito baixas para reduzir os depósitos de gordura — deu errado quando um efeito colateral raro fez aumentar, em vez de diminuir, as células de gordura.
Além, ela disse a Vogue britânica: “Se eu soubesse que os efeitos colaterais podem incluir perder seu sustento e você acabar tão deprimido que se odeia… não teria corrido esse risco”.
Ela disse que tomou a decisão de se submeter ao procedimento estético levada pela sua vaidade e atraída pela publicidade.
“Aqueles anúncios do CoolSculpting eram exibidos o tempo todo na CNN, na MSNBC, um atrás do outro, e eles ficavam perguntando: ‘Você gosta do que observá no espelho?’ Como se falassem diretamente comigo.”
“Era para tirar aquelas gordurinhas resistentes que teimam em permanecer. O anúncio dizia que não era necessária cirurgia, nem era preciso tempo de recuperação… Acabei bebendo a poção mágica, e é claro que eu faria isso, pois sou um pouco vaidosa. Então decidi fazer — e deu errado.”
Na entrevista, a modelo também relembrou o começo da sua carreira e a fama conquistada nos anos 1980. Conta que também fazia campanha para que as modelos fossem melhor remuneradas.
“Eu tinha o poder de fazer isso,” explicou.
“Eu não estava pensando que era melhor que as outras… mas eu sabia meu valor.”