A menos de um ano das eleições presidenciais, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem em relação ao presidente Jair Bolsonaro (que anunciou que irá se filiar ao PL) nas intenções de voto do segundo turno. Se as eleições fossem hoje, o petista teria 48% e o candidato à reeleição, 31%. Em julho, esta distância entre os dois era de 12 pontos percentuais.
Os dados são da mais recente pesquisa EXAME/IDEIA um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. A sondagem ouviu 1.200 pessoas entre os dias 9 a 11 de novembro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa EXAME/IDEIA testou possíveis cenários de segundo turno considerando os candidatos com a maior intenção de votos no primeiro turno: Lula e Bolsonaro. Com o petista, foram considerados quatro cenários, além da disputa com o atual presidente. Em todas as simulações, o ex-presidente venceria.
Com Bolsonaro, EXAME/IDEIA simulou a votação em dois cenários, além do segundo turno com Lula. Pela primeira vez desde o início da sondagem para 2022, Ciro Gomes (PDT) venceria o atual presidente, com uma margem de 4%. Para Maurício Moura, fundador do IDEIA, apesar de Bolsonaro ter uma parcela fiel de eleitores, reverter este cenário é muito difícil.
“O presidente Jair Bolsonaro tem níveis de aprovação abaixo dos seus pares que tentaram a reeleição: Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No terceiro ano de mandato, todos tinham um patamar de aprovação acima de 30% e menor rejeição. E, para serem reeleitos, precisaram melhorar sua performance de popularidade no ano eleitoral. No caso de Bolsonaro, essa recuperação teria de ser recorde”, explica.
Da Revista Exame