A cantora, compositora e instrumentista paraibana Madu Ayá, única representante da Paraíba no Festival Nacional da Canção 2025 (FENAC), considerado o maior festival de música do Brasil, se apresentou com a música “Pedaços” no último fim de semana, competindo com outros 19 artistas por uma vaga na semifinal.
“Foi um momento incrível. Fomos um dos destaques do festival e recebemos muitos feedbacks positivos, tanto do público quanto dos jurados. Foi muito lindo e emocionante”, destacou Madu, que revelou estar dando início à produção do primeiro álbum, que se chamará Pedaços — nome da música que a classificou para o Festival Nacional.
De acordo com Madu, “Pedaços” é uma canção que foge da linearidade. Em vez de narrar uma história com começo, meio e fim, a compositora criou um mosaico de lembranças, sensações e detalhes que se acumulam no tempo. “São memórias que vêm como cheiro, toque, imagem. E tudo isso é poesia também”, explica a artista.
A composição nasceu, segundo Madu, como nascem as recordações: aos fragmentos. Versos que falam de pegadas no quarto, um fio de cabelo, uma voz no cobertor. Cada pedaço é um sinal de algo vivido que não se dissolve com o tempo. “Tem gente que tenta entender a música pela lógica. Mas ‘Pedaços’ é emoção crua”, completa.
Para a cantora, estar em um festival como o FENAC com uma canção de autoria própria foi muito significativo. “É levar minha verdade, minha história e minha arte para um palco que valoriza a música brasileira. Isso me dá ainda mais vontade de seguir criando e representando a Paraíba com o coração aberto”, afirmou.
Essa não é a primeira vez que a artista participa do FENAC. Em 2018, Madu chegou à semifinal com a música “Me Tira D’eu”. De lá para cá, construiu uma trajetória sólida, lançando novos trabalhos, participando de festivais, desfilando em trios elétricos e desenvolvendo projetos ligados à cultura popular. Suas músicas também ganharam mais espaço nas plataformas digitais, ampliando seu alcance para além da cena paraibana.
Durante sua participação no FENAC, Madu carregou consigo não apenas a representatividade da Paraíba, mas também a força de uma música que se reconstrói a partir do que permanece — mesmo quando parece ter se perdido.
Confira a apresentação: https://youtu.be/3RctGLskomA?si=zCm9ucQjoKF8rwlo