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Mãe de criança morta com sinais de violência é autuada em flagrante por suspeita de tortura
01/04/2022 / 10:03
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A Polícia Civil autuou em flagrante, por suspeita de crime de tortura, a mãe da criança de um ano e três meses, morta nesta quinta-feira (31), em João Pessoa. A mulher se encontra na carceragem da Central de Polícia da capital e deve passar por audiência de custódia nesta sexta-feira (1).

O bebê morreu na unidade do Hospital de Emergência e Trauma, na manhã da quinta-feira (31). Inicialmente, a mãe teria levado a criança ferida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruz das Armas. Devido a gravidade, a criança foi transferida para o Hospital de Trauma pelo SAMU, chegando intubada e em estado grave.

A mãe alegou que ela tinha sofrido uma queda da cama. Os médicos, entretanto, identificaram “marcas sugestivas de violência” no corpo do bebê, conforme explicou o delegado Rodolfo Santa Cruz, da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil da Paraíba.

Os profissionais do Trauma que perceberam os supostos hematomas acionaram os policiais militares de plantão no hospital. Pouco tempo depois, a criança morreu.

De acordo com o médico Laércio Bragante, diretor do Trauma, a criança chegou com sinais de morte encefálica e múltiplas lesões em várias parte corpo ,como no rosto, crânio e tórax.

“A pior lesão foi a lesão craniana, com uma grave agressão do cérebro, um sangramento intracraniano clássico de trauma provocado, trauma repetido. Lesões com sinais mais agudos e lesões mais antigas, de dois, três, quatro dias. Tá provado que eram lesões repetitivas”, disse o diretor em entrevista à TV Cabo Branco.

Pai e irmãos

Segundo o delegado Rodolfo Santa Cruz, a certidão de nascimento da criança consta que o seu pai é desconhecido. Agora, a polícia procura pelo namorado da mãe da criança, para colher esclarecimentos. Rodolfo informou que a mulher morava na companhia dos três filhos, a vítima e mais dois irmãos.

O casal de irmãos (um menino e uma menina) foi acolhido numa casa de permanência por questões de segurança. Segundo o conselheiro tutelar que acompanha o caso, Ricardson Dias, Conselho Tutelar vai buscar a família da criança para saber onde os dois irmãos ficarão no futuro.