Um incidente ocorrido na Igreja Matriz de São Judas Tadeu, na cidade pernambucana de São José do Egito, na região de Patos, gerou grande repercussão e debate sobre inclusão e acolhimento nas instituições religiosas. Durante uma missa, uma mãe e seu filho autista de três anos foram abordados por membros da comissão organizadora da igreja e solicitados a se retirar do local, com a justificativa de que a presença do menino poderia causar distração ao padre e interromper a celebração.
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A mãe, em um vídeo que rapidamente se espalhou nas redes sociais, relatou o ocorrido, expressando sua frustração e desapontamento com a falta de acolhimento e compreensão por parte da igreja. No vídeo, ela destaca que “aquele que não sabe acolher, para mim, não é um bom pastor, não representa o meu Jesus”, enfatizando o amor de Jesus pelas crianças e questionando a coerência entre os ensinamentos pregados e as ações praticadas pela igreja.
Ela também argumenta que não deveria ser a criança a se adaptar às doutrinas da igreja, mas sim a igreja a se adaptar às necessidades de todos os seus fiéis, independentemente de suas condições. A mãe destaca a importância de um ambiente inclusivo, especialmente para crianças com necessidades especiais, e espera que seu relato traga uma reflexão sobre a postura adotada pela instituição religiosa.
O fato chamou a atenção para a necessidade de maior acolhimento e inclusão nas igrejas, especialmente em um momento em que o Papa Francisco tem sido uma voz ativa na defesa de uma postura mais compassiva e inclusiva para todos os fiéis. O pontífice frequentemente critica comportamentos excludentes e reforça a necessidade de que todos se sintam bem-vindos e valorizados dentro da comunidade religiosa.
O padre responsável pela paróquia, após o ocorrido, ligou para a mãe e pediu desculpas pelo seu comportamento. Em um pedido de desculpas que durou cerca de 20 minutos, o sacerdote expressou seu arrependimento e pediu perdão pela situação constrangedora.
*Com informações do Blog do Jordan Bezerra