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Maioria dos paraibanos ainda vive com renda de até um salário mínimo, diz IBGE
07/12/2025 / 10:15
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IBGE: 59,8% da população paraibana tem renda de até um salário mínimo – Foto: Natinho Rodrigues/SVM

A maioria da população da Paraíba está concentrada nas faixas de menor renda, segundo dados do IBGE reunidos na Síntese de Indicadores Sociais 2025, com base em 2024. O levantamento mostra que 59,8% dos paraibanos vivem com rendimento domiciliar per capita de até um salário mínimo.

A composição desse grupo evidencia a concentração nos estratos mais baixos: 27,1% da população tem renda mensal per capita entre 25% e 50% do salário mínimo, e 32,7% está na faixa entre 50% e 100% do salário mínimo — esta última sendo a mais numerosa no estado.

Acima de um salário mínimo, os percentuais caem progressivamente: 18,2% recebem entre 1 e 2 salários mínimos, 4,2% entre 2 e 3 salários, 3% entre 3 e 5 salários, e apenas 1,9% ganham mais de 5 salários mínimos por pessoa no domicílio.

O relatório também destaca desigualdades por raça e gênero. Mulheres pretas ou pardas na Paraíba têm rendimento 66% menor que homens brancos. A média mensal dos homens brancos ficou em R$ 1.661, enquanto mulheres pretas e pardas tiveram rendimento médio de R$ 1.000.

A trajetória entre 2012 e 2024 mostra ganhos, mas com ritmo desigual: o rendimento médio dos homens brancos subiu de R$ 1.277 para R$ 1.661 (+30%), e o das mulheres pretas ou pardas passou de R$ 835 para R$ 1.000 (+19%). Em termos absolutos, a diferença entre os dois grupos aumentou de R$ 442 para R$ 661 no período.

Sobre pobreza e extrema pobreza, o estado registrou queda nos dois indicadores: cerca de 194 mil paraibanos (ou 4,7% da população) viviam em situação de extrema pobreza em 2024 — o menor nível da série histórica.

Uma categoria mais ampla de pobreza atinge 38,3% dos moradores, o equivalente a aproximadamente 1,58 milhão de pessoas. Ambos os índices estão no menor patamar desde 2012 e diminuíram pelo terceiro ano consecutivo. O relatório lembra que o pico dessas taxas ocorreu em 2021, quando extrema pobreza e pobreza chegaram a 16,7% e 56,1%, respectivamente.

Os números mostram avanços no enfrentamento da pobreza, mas também deixam claro que a maior parte da população estadual permanece com poder aquisitivo muito reduzido e que desigualdades por raça e gênero continuam expressivas. Os dados são do IBGE — Síntese de Indicadores Sociais 2025 (referente a 2024).

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