O secretário de Educação da Paraíba, Wilson Filho (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (8) que o rompimento do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Sem Partido), com a base do governador João Azevêdo (PSB) é um assunto “já superado” e que cabe aos próprios protagonistas explicarem as motivações da ruptura. Ele também destacou que a unidade interna do Republicanos em torno da pré-candidatura de Lucas Ribeiro (PP) está sendo construída com respeito à diversidade de grupos que compõem a legenda.
“O governador já foi muito claro, inclusive ontem mais uma vez falou aquilo que a gente já sabe: o candidato do governo é o vice-governador Lucas Ribeiro. As circunstâncias e as minúcias que levaram ao afastamento por parte do prefeito Cícero cabem ao prefeito e ao governador João, porque eles tiveram conversas sobre isso. Não cabe a mim debater mais isso. Isso é uma página virada, isso já aconteceu e cada um apresenta o seu projeto para aquilo que pensa ser melhor para a Paraíba”, disse.
Wilson ressaltou que, na visão dele, a população será a responsável por avaliar a continuidade do projeto liderado por João Azevêdo, destacando avanços em áreas como educação, saúde e segurança.
Questionado sobre o que ainda falta para que o Republicanos consolide formalmente seu apoio a Lucas Ribeiro nas eleições de 2026, Wilson Filho reforçou que a legenda preza pela construção coletiva e não por decisões impostas.
“O presidente Hugo Motta já falou isso de forma muito clara, muito transparente. Às vezes a gente pode pensar que um partido tem autoritarismo, mas eu acho que o partido cresce a partir do respeito à opinião de cada um”, declarou.
Segundo ele, o Republicanos abriga diferentes origens políticas — como ex-integrantes do PTB, Avante, PROS e parte do MDB —, o que demanda diálogo constante para formação de consensos.
“O Republicanos hoje tem esse tamanho porque foi uma frente de muitas pessoas, com nove deputados estaduais, três deputados federais, dezenas de prefeitos e vereadores. Não dá para achar que alguém teria autoridade de gritar um partido desse e impor alguma coisa. É uma construção”, afirmou.
Wilson ressaltou, no entanto, que a orientação partidária já é clara: seguir com o projeto de João Azevêdo e Lucas Ribeiro. “Nós já temos uma grande maioria dentro do partido nesse sentido”, concluiu.