Mais de 600 mil servidores públicos federais se afastaram temporariamente do trabalho durante o ano de 2023. A maioria, por motivos de saúde e, em segundo lugar, para capacitação. O órgão mais atingido é justamente o Ministério da Saúde, enquanto o cargo com mais licenças é o de professor do magistério superior. Os dados foram obtidos pelo R7 via Painel Estatístico de Pessoal da União.
Atualmente, o Brasil possui 1.267.228 servidores públicos federais registrados — 513.206 mulheres (40,5%) e 754.022 homens (59,5%). A maioria está no Centro-Oeste, onde fica Brasília: 378.620 (31%). A lista segue com Sudeste (376.706 pessoas, que representam 30,8%), Nordeste (247.174 pessoas, que representam 20,2%), Sul (121.646 pessoas, que representam 10%) e Norte (97.071 pessoas, que representam 7,9%).
Desse total, 591.291 (46,66%) estão ativos, 436.748 estão aposentados (34,46%) e 239.189 (18,87%) são registros de pensões originárias de servidores falecidos. A maioria — 1.150.438 (90,78%) — é composta por civis, enquanto 36.576 (2,89%) são militares. Outros 28.131 funcionam em modo de contrato temporário.
Em 2023, 633.532 servidores públicos federais foram afastados das funções. Desses, 570.785 continuaram recebendo salário e 62.747, não. O principal motivo para os afastamentos é a saúde (43,97% ou 278.592), seguido de capacitação (12,25% ou 77.605), acompanhamento de familiar (7,94% ou 50.321), maternidade ou paternidade (7% ou 44.368), interesse particular (4,65% ou 29.485) e cessão ao Poder Judiciário (1,98% ou 12.516).
Na busca para recompor o quadro de servidores federais, o governo lançou o concurso público nacional unificado. As provas, que serão aplicadas em 5 de maio, vão selecionar funcionários para 6.640 vagas em 21 órgãos ou entidades federais. Ao todo, 2,1 milhões de brasileiros se inscreveram. O maior salário inicial é de R$ 22.921,71, para o cargo de auditor-fiscal do Trabalho. A remuneração mais baixa é para a vaga de técnico em informações geográficas e estatísticas — R$ 4.008,24.